Decisão do presidente em exercício da Câmara causa efeito imediato
O dólar disparava e rondava o patamar de R$ 3,60 nesta segunda-feira, após a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O dólar já estava em alta acompanhando o exterior em meio a receios sobre a desaceleração da economia chinesa. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio.
Às 12h11, o dólar avançava 3,29%, a R$ 3,6181 na venda, após cair 1 % na sexta-feira e voltar ao patamar de R$ 3,50.
"Dólar sobe com a notícia que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, atende ao pedido da AGU e suspende o processo de impeachment", escreveram operadores da corretora Correparti em nota a clientes.
Mais cedo, o dólar avançava em relação a moedas de outros países emergentes após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior e esfriando expectativas de recuperação da segunda maior economia do mundo.
O dólar subia frente aos pesos mexicano e chileno, além de avançar em relação a uma cesta de moedas.
Os desdobramentos políticos no Brasil seguiam no radar dos investidores, com a espera pela votação do Senado na quarta-feira do afastamento temporário de Dilma que, se confirmado, levará o vice Michel Temer à presidência. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.
Até o momento, o BC não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Muitos operadores consideram o patamar de R$ 3,50 como o piso que a autoridade monetária tentaria defender.
O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.
Fonte: Notícias Band
9 de maio de 2016
Dólar dispara com anulação do impeachment
9.5.16
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