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25 de setembro de 2024

Dieese: reforma trabalhista e precarização dificultam acesso de jovens ao trabalho

 



No segundo trimestre de 2024, cerca de 9,8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, aproximadamente 20% desse grupo etário, estão sem trabalho e fora da escola, sendo classificados como geração "nem-nem". No entanto, a designação simplista desses jovens como "nem estudam, nem trabalham" não reflete a realidade da maioria que se encontra em situação de transição ou enfrentando barreiras estruturais para ingressar no mercado de trabalho ou continuar os estudos.

A atribuição da responsabilidade pela situação dos "nem-nem" aos próprios jovens é equivocada, demonstra uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os dados comprovam que a maioria desses jovens está longe de estar ociosa, enfrentando, na verdade, um mercado de trabalho com alta rotatividade, postos de trabalho precários e poucas oportunidades de qualificação. Muitos não conseguem continuar estudando ou buscar emprego de forma ativa devido à falta de recursos financeiros. Assim, soluções como a ampliação de cursos profissionalizantes ou a flexibilização das leis trabalhistas, como o contrato intermitente, têm se mostrado insuficientes para resolver o problema.

Dados da pesquisa

-  7% dos jovens considerados "nem-nem" não estavam envolvidos em atividades como procurar emprego, realizar afazeres domésticos ou participar de cursos não regulares;

-  Apenas 1,4% afirmaram não ter interesse em trabalhar;

-   23% estavam ativamente procurando emprego;

- 12% das mulheres não podiam trabalhar devido à responsabilidade com afazeres domésticos, embora esse trabalho não seja contabilizado como parte da força de trabalho;

- Outros 8% estavam envolvidos em cursos ou estudavam por conta própria, o que revela uma tentativa de qualificação fora dos meios formais de ensino.

Situação temporária

A situação dos jovens nesse grupo é majoritariamente temporária. Cerca de 27% dos considerados "nem-nem", no primeiro trimestre de 2024, já haviam deixado essa condição no trimestre seguinte, muitos após encontrarem trabalho.

Em uma análise de longo prazo, 39% dos que estavam sem trabalho e fora da escola no segundo trimestre de 2023 mudaram de situação no ano seguinte, evidenciando que grande parte desses jovens está em busca de inserção no mercado de trabalho ou retomando os estudos.

Para o economista do Dieese, Gustavo Monteiro, esses dados demonstram que a questão não é que os jovens não queiram trabalhar, estudar ou se comprometer, mas que faltam oportunidades.

“O problema está nas oportunidades que eles têm, que são mais limitadas. Por isso, em vez de geração ‘nem-nem’, preferimos chamar esses jovens de ‘sem-sem’, sem trabalho e sem estudo, afirma Monteiro.

O comportamento da taxa de desocupação dos jovens segue o padrão geral do mercado de trabalho, porém com índices significativamente mais altos, o que reforça a falta de oportunidades adequadas para esse segmento. A resposta para essa questão não está na culpabilização da juventude, mas na criação de políticas públicas focadas no crescimento econômico, na valorização da educação e na promoção de empregos formais e estáveis. Estados e muncipios têm a maior parte dessas responsabilidades, já que, por exemplo, a educação de base é municipal e estadual. Sem isso, a transição da escola para o mercado de trabalho continuará sendo um desafio para milhões de jovens brasileiros.

Desigualdade socioeconômica

O desafio da transição entre a escola e o trabalho é agravado pela desigualdade socioeconômica. Entre os jovens que concluíram o ensino médio em 2023, aqueles oriundos de lares mais ricos tinham maior chance de continuar estudando ou se qualificando no início de 2024.

Cerca de 18% desses jovens ingressaram no ensino superior, enquanto apenas 7% dos jovens de famílias mais pobres seguiram esse caminho. Ainda, 9% dos jovens mais ricos estavam envolvidos em algum tipo de curso, enquanto essa proporção caía para 6% entre os jovens de lares mais pobres.

A busca por emprego também reflete essa disparidade. Cerca de 40% dos jovens de famílias mais pobres que estavam no terceiro ano do ensino médio em 2023 já participavam do mercado de trabalho no início de 2024, com 30% empregados e 10% procurando ativamente uma vaga. Para os jovens de famílias com menos recursos, a necessidade de entrar no mercado de trabalho é urgente, mas eles encontram grandes dificuldades para se manterem empregados ou conseguirem estabilidade.

Entre os jovens de lares mais ricos, esses percentuais eram consideravelmente mais baixos: 26% e 4%, respectivamente.

FONTE: https://www.cut.org.br/noticias/dieese-reforma-trabalhista-e-precarizacao-dificultam-acesso-de-jovens-ao-trabalh-0d30

 


9 de setembro de 2024

CCT – SESCAP 2024/2025 É ASSINADA! MAIS UMA CONQUISTA DOS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA!


A CCT – 24/25 SESCAP foi firmada e assinada pelos representantes legais do SIQUIM-PR e do SESCAP. 

Cabe Destacar o importante avanço nesta CCT que se deu em relação ao estabelecimento de um piso salarial de início de carreira que será concedido para os Profissionais da Química de Nível Técnico e o reforço, na CCT, do cumprimento integral pelas empresas abrangidas pela Lei n. 4.950-A/66.

Assim, a CCT já se encontra vigente e válida, podendo ser aplicada aos contratos de trabalho em vigor.

“Essa e mais uma conquista dos Profissionais da Química! É importante aqui reiterar a importância de garantir este instrumento para os profissionais da química! Foi suado, mas conseguimos. Graças ao empenho da entidade sindical e de seus representados, temos mais um instrumento que assegura os direitos dos Profissionais da Química”, diz o Diretor Presidente do SIQUIM-PR, José Carlos dos Santos.

Confira abaixo como ficou a CCT – 2024-2025 – Clique Aqui!

4 de setembro de 2024

SIQUIM-PR PARTICIPA DE REUNIÃO SOBRE O PDV COM COLETIVO SINDICAL E A SANEPAR

Hoje, quarta-feira (04/09), o SIQUIM-PR, junto com as demais entidades sindicais que participam do Coletivo Intersindical da Sanepar, se reuniram novamente com a diretoria da empresa para tratar sobre o Programa de Demissão Voluntária - PDV.


Na referida reunião a Comissão Negocial e Diretoria Administrativa da Sanepar e o Coletivo Sindical debateram os pontos da proposta para o PDV da empresa, bem como da contraproposta apresentada pelas entidades sindicais.

Em relação ao Plano de Saúde, a DA e Comissão Negocial informaram que os trâmites junto a Fundação Sanepar, de alteração do regulamento do Sanesáude, já forma concluídos e não há mais obstáculos para a sua manutenção aqueles que aderirem ao PDV. 

Em relação aos demais pontos, as entidades sindicais deixaram claro que a proposta apresentada pela Companhia, na forma como está, acarreta prejuízos aos profissionais e reforçaram que é necessária uma garantia no regulamento do PDV sem que haja renúncia de direitos, bem como que esteja vinculada ao edital do concurso para repor o quadro de funcionários. 

“Hoje na discussão ressaltamos que os profissionais precisam de uma proposta em que haja a manutenção dos direitos dos trabalhadores. Ou seja, a indenização financeira proposta para adesão deve ser referente a quitação do contrato de trabalho daqui para o futuro, sem renúncia de direitos violados no passado e que já foram vitoriosos e garantidos pela justiça nas ações coletivas. Somente levaremos para assembleia uma proposta que traga segurança. É inviável discutir e aprovar um PDV com a finalidade de retirar direitos e que não valorize e reconheça todo o empenho do trabalhador durante os anos dedicados de empresa”, ressalta o presidente do SIQUIM-PR, José Carlos dos Santos.