Quanto mais perto das eleições de 2018, mais difícil será a aprovação da reforma da Previdência, disse o relator do projeto na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA). Segundo ele, muitos congressistas temem prejudicar sua votação no próximo ano caso votem a favor da reforma. "O tempo milita contra nós porque há esse sentimento de autopreservação individual e ainda eleição ano que vem." Por isso, Maia considera agosto uma "data razoável" para ter "esperança de aprovar" a proposta. Depois disso, a proximidade das eleições deve tornar cada vez mais difícil o avanço do projeto. O relator também afirmou que a atual crise política que atinge o governo Michel Temer, acusado de corrupção pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, influencia a tramitação da proposta. "Qual é a viabilidade de aprovarmos a reforma com essa crise política?
Todos sabemos da dificuldade imensa que está sendo a vida no Congresso", afirmou. Ele disse que a reforma só deve ir a plenário depois da votação da denúncia contra o Presidente da República, que deve ser apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot nos próximos dias. Maia disse "não ter condições de afirmar" que Temer continuará no cargo, mas que, independentemente da manutenção, o tamanho da base aliada não muda. Isso cria um novo equilíbrio de forças, em que passa a depender sobretudo do Legislativo a aprovação da reforma da Previdência. "Temos de entender que o protagonismo do Legislativo terá que ser muito maior para compensar enfraquecimento do Executivo neste momento." O deputado também rejeitou a hipótese de organização de eleições diretas caso Temer seja afastado ou renuncie
Fonte: Bem Paraná
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