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30 de junho de 2016

MEC divulga o resultado do Fies

O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta terça (30) o resultado do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Até as 18h de ontem, a poucas horas do fim do prazo, 265.856 estudantes estavam inscritos no programa. O resultado poderá ser consultado na página do Fies.

Nesta edição serão ofertados 75 mil financiamentos. Aqueles que não forem selecionados serão automaticamente inscritos na lista de espera. As vagas que não forem ocupadas pelos estudantes selecionados serão ofertadas à lista de espera de 4 de julho a 10 de agosto.
O resultado é uma pré-seleção, assegura apenas a expectativa de direito às vagas para as quais se inscreveram no processo seletivo do Fies. A contratação do financiamento fica condicionada à conclusão da inscrição no Sistema Informatizado do Fies (SisFies) e ao cumprimento das demais regras e procedimentos do programa.

Os estudantes pré-selecionados têm o prazo de amanhã (1º) até o dia 7 de julho para concluir a inscrição no SisFies. Após essa etapa, o estudante tem ainda que validar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino para a qual foi selecionado e comparecer a um agente financeiro do Fies. Os prazos estão disponíveis no portal do Fies.

O Fies oferece financiamento de cursos superiores em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante.

Para participar da seleção, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 com 450 pontos na média das provas, além de ter tirado nota maior que 0 na redação. Os candidatos precisam ainda ter renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2.640. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa

Venda de lâmpadas incandescentes está proibida

A partir de quarta (30), está proibida a venda de lâmpadas incandescentes no Brasil. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) começa a fiscalizar amanhã (1º), por meio dos institutos de Pesos e Medidas (Ipem) estaduais, estabelecimentos comerciais que ainda tenham à disposição lâmpadas incandescentes com potência de 41watts (W) até 60 W. Quem não atender à legislação poderá ser multado entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão.

A restrição foi estabelecida pela Portaria Interministerial 1.007/2010, com o objetivo de minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para 85%.

A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W. Este ano, começou a ser proibida também a produção e importação de lâmpadas incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização ocorrerá em 2017.

Fiscalização

Segundo o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro, engenheiro Marcos Borges, a fiscalização tem caráter educativo, porque os comerciantes foram orientados sobre a proibição desde o ano passado. “Por isso, entendemos que o impacto não é brusco para os comerciantes, porque eles já vêm sendo instruídos nesse sentido desde a assinatura da portaria, em 2010.”

Borges informou que, desde o apagão de 2001, o Inmetro desenvolve um programa de educação do consumidor brasileiro, no qual mostra que as lâmpadas incandescentes duram menos e consomem muito mais energia do que, por exemplo, a lâmpada fluorescente compacta. “Ficou claro para o consumidor que a lâmpada fluorescente compacta era muito mais econômica que a incandescente.”
Economia

Ele citou, como exemplo, o caso de uma casa com dois quartos que usaria em todos os cômodos lâmpadas incandescentes de 60 W. “Elas gerariam valor em um mês de R$ 20 a R$ 25 para iluminar a casa. Ao trocar por uma lâmpada equivalente fluorescente compacta, essa conta cairia para R$ 4 ou R$ 5 em apenas um mês. O consumidor entendeu isso e, ao longo do tempo, já vai deixando de usar esse material.”

Números do Inmetro mostram que, em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados pelas incandescentes. Agora, somente 30% das residências usam esse tipo de lâmpada, que não podem mais ser comercializadas no Brasil, seguindo recomendação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Desemprego avança, com procura em alta

Taxa foi de 11,2% no trimestre encerrado em maio, com 11,440 milhões de desempregados - crescimento de 40% em um ano, segundo o IBGE

São Paulo – Em um mercado de trabalho com aumento da procura por uma ocupação e sem oferta de vagas, a taxa de desemprego avançou no trimestre encerrado em maio para 11,2%, o que corresponde a estimados 11,440 milhões de desempregados no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada quarta (29) pelo IBGE. A taxa ficou acima do trimestre fechado em fevereiro (10,2%) e de igual período do ano passado (8,1%). O total de desempregados cresceu, respectivamente, 10,3% (mais 1,069 milhão sobre fevereiro) e 40,3% (acréscimo de 3,284 milhões ante maio de 2015).

O número de ocupados (90,849 milhões) variou -0,3% em relação ao trimestre anterior, com menos 285 mil pessoas, e caiu 1,4% na comparação anual, com redução de 1,255 milhão de vagas. Nos mesmos períodos, cresceu a presença de pessoas procurando emprego, pressionando a taxa, que se manteve no maior nível desde o início da pesquisa, em 2012.

A Pnad mostra também enfraquecimento do mercado formal. O  número estimado de empregados com carteira assinada no setor privado (34,444 milhões) caiu 1,2% ante fevereiro (menos 428 mil) e 4,2% em um ano (menos 1,520 milhão). Os trabalhadores sem carteira crescem na comparação com o último trimestre e ficam estáveis no ano, enquanto aqueles por conta própria caem 1,3%  e crescem 4,3%, respectivamente.

Entre os setores, ainda na comparação com o trimestre encerrado em maio do ano passado, a indústria perdeu 1,415 milhão de vagas (-10,3%) e os serviços domésticos criaram 390 mil (6,5%). A construção civil teve acréscimo de 163 mil postos de trabalho (2,2%), a agricultura/pecuária perdeu 128 mil (-1,4%) e o comércio/reparação de veículos, 80 mil (-0,5%). Na administração pública, que reúne outras áreas, houve crescimento de 2,5%, com 382 mil vagas a mais, enquanto os serviços alternaram altas e quedas: o segmento de transporte, armazenagem e correio, por exemplo, criou 236 mil vagas (5,5%), enquanto o de informação, comunicação e atividades financeiras/imobiliárias fechou 919 mil (-8,6%).

O rendimento médio, estimado em R$ 1.982, ficou estável em relação ao trimestre concluído em fevereiro e caiu 2,7% ante igual período do ano passado. A massa de rendimentos (R$ 175,6 bilhões) teve o mesmo comportamento, com estabilidade no último período e redução de 3,3% ante 2015.

28 de junho de 2016

Exigência de antecedentes criminais

A exigência da entrega de certidão de antecedentes criminais por candidatos a vagas de emprego é inconstitucional, a não ser que o pedido tenha uma justificativa. Apesar de as empresas terem o direito de organizar sua atividade e promover a seleção de trabalhadores, esse direito não é absoluto. É ilegal usar a existência de antecedentes criminais como critério para a contratação, e o ato configura adoção de “prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho”, diz a Lei 9.029, de 1995.

Em algumas categorias profissionais, no entanto, a exigência é considerada legítima e legal. “Temos algumas categorias que necessitam de registro e certificação especial, como é o caso dos vigilantes armados, por exemplo, em razão do porte de arma. Eles são contratados por empresas especializadas em garantir a segurança de pessoas ou de patrimônio. Nesse caso, a exigência da certidão é considerada lícita, legítima e até esperada, em razão da particularidade da profissão”, explicou a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto, alertando que nem sempre há consenso sobre essas exceções à regra.

A juíza contou que a questão tem gerado dúvidas nos tribunais trabalhistas do país, resultando em decisões judiciais conflitantes. “Há decisões em que os tribunais avaliaram que havia ilegalidade na prática e em outra situação similar, legalidade”, explicou. “Como não temos uma sistematização legal sobre o assunto, fica difícil para um tribunal dizer para quais as categorias profissionais, em tais situações, a exigência é legal.”

Para tratar do assunto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) promove, nesta terça-feira (28), audiência pública em Brasília com o tema "A exigência de apresentação de certidão de antecedentes criminais pelos candidatos ao emprego gera dano moral?". A audiência foi convocada pelo ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, relator de dois recursos repetitivos sobre a questão, que aguardam julgamento. A assessoria de imprensa do TST informou que “o objetivo é a obtenção de informações úteis à formação do precedente judicial que será aplicado em todas as causas no país nas quais o tema é discutido, conforme previsto na Lei 13.015/2014”.

“Como o tribunal não consegue avaliar toda a realidade do mercado, a audiência pública serve exatamente para isso, até para o tribunal se surpreender com alguns argumentos, enxergar categorias que não ficaram visíveis nas decisões analisadas até agora e reafirmar o posicionamento em tantos outros casos em que a regra geral tem que prevalecer.”, disse a juíza Noêmia Porto.

Um dos recursos que está no Tribunal Superior do Trabalho é o do advogado Marlos Sá Wanderley, especialista em direito trabalhista. O processo trata do caso de uma contratante, uma grande empresa da Paraíba, que pediu a certidão de antecedentes criminais a um cidadão que concorria ao cargo de operador de máquinas. Ele pede dano moral pela solicitação, considerada ofensiva. “Se tivesse antecedente, provavelmente não seria contratado”, observa o advogado.

Wanderley argumenta que a natureza do cargo em questão não justificava o pedido de uma certidão e, apesar de o empregado ter sido contratado, para o advogado “sua dignidade, sua honra e sua intimidade já tinham sido atingidas, pois não havia sentido na exigência”.

O advogado concorda que há casos específicos em que o pedido é razoável, mas para ele são minoria. “Quando a pessoa tem acesso a dados sigilosos e bancários, por exemplo, como no caso dos operadores de telemarketing, também é razoável. Agora, exigir de um servente de obras não é razoável, vai contra o princípio da legalidade, o princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio do valor social do trabalho, da busca do pleno emprego, da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, honra e imagem do empregado”, afirma.

Estigma e direito ao esquecimento


Noêmia Porto disse que a Anamatra vê com preocupação o “uso generalizado” da exigência como condição de acesso ao emprego. Ela explicou que um dos problemas é que “o antecedente criminal não vem apenas no caso de decisão judicial transitada e julgada. Pode-se ter uma certidão negativada por ter passagem na polícia, por exemplo, o que não significa nada, somente que a pessoa foi inicialmente indicada como possível praticante do crime”. Noêmia destaca que os cidadãos brasileiros têm direito ao esquecimento e devem ser protegidos do preconceito.

A juíza lembra que outra questão problemática é imaginar que um eventual condenado por violência doméstica ou alguém condenado pelo crime grave de pedofilia, por exemplo, seria uma pessoa absolutamente irretratável na sociedade. “Uma vez que ele cometeu esse crime no passado e pagou por ele, já pagou sua dívida, foi processado, julgado, cumpriu pena, significa que nunca mais essa pessoa teria a menor condição de ser professor de criança. Essa é uma pressuposição, no mínimo, temerária e preconceituosa. E que estabelece na prática bloqueios de acesso aos contratos de emprego”, argumentou.

Segundo Noêmia, todo bloqueio de acesso ao trabalho é sempre muito complicado porque na medida em que mais pessoas têm dificuldade para encontrar emprego, mais pessoas ficam marginalizadas. “E a marginalização social não é arriscada só para quem está à margem do emprego, essa marginalização é problemática para o conjunto total da sociedade.”

O advogado trabalhista Marlos Sá Wanderley destaca que a exigência de antecedentes criminais “de toda forma” afeta o trabalhador. “Se o empregado tiver antecedentes criminais e não for contratado para o emprego por isso, a violação de sua intimidade e o prejuízo serão muito grandes, porque essa pessoa não terá condições de se ressocializar, não vai ser inserida do mercado de trabalho. E caso a empresa contrate o empregado porque ele não tem antecedentes criminais, o prejuízo será menor, porque afinal o candidato conseguiu o emprego, mas sua intimidade já foi violada”, argumenta.

“Se a pessoa já pagou pelo crime que cometeu, tem o direito de se livrar do estigma para se reintegrar à sociedade”, ressaltou o advogado.

Fonte: Agência Brasil

O revolucionário celular que dobra

É curioso notar como diferentes produtos criados com novas tecnologias podem ter impactos completamente diferentes – e às vezes até imprevisíveis – nos consumidores. Na teoria, um smartphone que tem uma tela completamente dobrável e pode ser usado no pulso, como um relógio, deveria cair nas graças dos fanáticos por aparelhos tecnológicos. Mas será que realmente vai?

É o desafio que uma pequena startup chinesa tem pela frente. Conhecida como Moxi Group, a empresa revelou para a imprensa imagens de um protótipo bastante interessante: trata-se de um smartphone que pode ser usado tanto em sua forma reta, como qualquer outro dispositivo desse tipo, quanto dobrado, em forma circular, assim como um relógio de pulso. Mesmo dessa maneira, a tela continuaria funcionando normalmente.


Enrolado no braço

Telas flexíveis e dobráveis não são nenhuma novidade por aí, se você tem acompanhado as últimas feiras conceituadas no assunto. Porém, ainda não foi lançado nenhum celular que fosse completamente dobrável e, mais importante, prático de se usar. O Moxi Group pretende ser a primeira empresa a comercializar esse tipo de dispositivo na China ainda em 2016, com uma tiragem de 100 mil aparelhos, cada um deles custando ¥ 5 mil, aproximadamente R$ 2.730.

Apesar das belas imagens divulgadas pela startup chinesa, o display desse primeiro modelo será em preto em branco, mas o Moxi Group já informou que tem a pretensão de lançar um dispositivo com tela colorida até o ano de 2018. Toda a tecnologia por trás dos visores flexíveis se baseia em um material extremamente versátil e, para quem não entende muito bem suas propriedades científicas, quase mágico: o grafeno.


A magia do grafeno

O grafeno é considerado o material mais fino, mais leve, mais forte, mais transparente e que melhor conduz calor e eletricidade conhecido pela ciência. É claro, isso deve fazer dele um dos mais caros também e por isso sua utilização comercial ainda é tão restrita. Ainda assim, um protótipo desse dispositivo foi mostrado para o público durante o Nanping International Conventional Center, que acontece em Chongqing, na China, mas não havia sido possível descobrir o responsável pelo incrível gadget.

Agora sabemos que tudo era obra do Moxi Group, que revelou essa semana estarem quase prontos para comercializar o produto, mesmo que em uma versão menos avançada do que o que foi mostrado para os consumidores na feira chinesa.

"É um passo brilhante que deve ser levado em conta e que pode ser uma visão de como vamos utilizar nossos smartphones em algo em torno de 10 anos"

Se essa nova tecnologia adotada dessa maneira vai colar ou não, só o futuro poderá dizer. Ainda assim, é um passo brilhante que deve ser levado em conta e que pode ser uma visão de como vamos utilizar nossos smartphones em algo em torno de 10 anos, basta a praticidade desse dispositivo meio celular, meio smartwatch cair no gosto dos consumidores.

Fonte: TecMundo

CUT proporá acréscimo no seguro-desemprego

Na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), dia 29 de junho, Quintino Severo, secretário de Administração e Finanças da CUT e conselheiro da Central no órgão, defenderá o acréscimo de duas parcelas do seguro-desemprego para trabalhadores que foram demitidos entre janeiro e junho de 2016 e que atuam nas áreas mais afetadas pelas demissões.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) está na fase final de elaboração do estudo que determinará quais categorias e estados foram mais afetados pelo desemprego e que, portanto, serão atingidos pelo benefício.

Dessa forma, trabalhadores que foram demitidos e que teriam, por exemplo, três parcelas do seguro-desemprego para receber, serão contemplados com cinco, se estiverem enquadrados na categoria e estado apontados pelo estudo do Dieese.

O Codefat é um colegiado de caráter tripartite, o conselho tem entre suas missões gerir os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que custeia programas como o seguro-desemprego.
“Esperamos receber o apoio de empresários, do governo e, obviamente, da bancada dos trabalhadores. Essa tema é sensível e neste momento a medida que estamos apresentando é fundamental para a vida dos trabalhadores”, afirmou Quintino Severo, secretário nacional de Finanças e Administração da CUT.

A medida pode ser votada ainda no dia 29 de junho, data da reunião do Codefat e quando a proposta será apresentada. Porém, qualquer conselheiro pode pedir vistas do processo e adiar em até 30 dias a votação.

“É uma medida urgente, que precisa ser debatida e votada já no dia 29, não podemos ficar aguardando”, afirmou Quintino

Fonte: Rede Brasil Atual

Crise econômica começa a perder fôlego

Levatamento divulgado nesta segunda (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) diz que a crise econômica que atinge o país começa a perder fôlego. Apesar disso, ainda há um longo caminho para a recuperação do país, de acordo com o coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior. Os dados constam na Carta de Conjuntura, que avalia dados econômicos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Ipea, os sinais de que a crise está perdendo fôlego podem ser percebidos principalmente na indústria nacional. Além disso, a desvalorização do real ante o dólar, de acordo com o Ipea, beneficia o setor exportador brasileiro, principalmente nos segmentos têxtil, madeireiro e de calçados.

Além de aumentar a competitividade brasileira no setor externo, a desvalorização do real também está estimulando a substituição de importação na produção de alguns bens intermediários, ou seja, nos insumos usados pelo setor produtivo.

Por outro lado, no entanto, a moeda nacional desvalorizada torna a importação de máquinas e equipamentos mais cara, prejudicando investimentos no setor produtivo.

Diferentemente da indústria, os setores de serviços e comércio ainda estão em retração. “Os serviços tendem a levar um tempo maior para se recuperar porque depende muito da renda dos consumidores e essa renda vai demorar a se recuperar por conta da questão do emprego”, disse Souza Júnior.
A renda e o aumento de desemprego têm prejudicado a recuperação da demanda doméstica por bens e serviços. “A gente vê um longo caminho [para a recuperação da economia], porque a gente olha para os indicadores de confiança, principalmente dos consumidores, e vê que eles ainda estão muito pessimistas”, afirmou o pesquisador.

Fonte: Agência Brasil

27 de junho de 2016

Novo método para estancar sangramento

Pensando em pessoas comuns, é muito raro que vejamos alguém realizar um grande feito profissional antes dos 20 anos, mas esse é o caso do jovem Joe Landolina. Aos 22 anos de idade, ele é fundador e CEO de uma empresa que pretende produzir comercialmente um item que pode revolucionar a medicina e que foi inventado por ele mesmo cinco anos atrás, no auge de seus 17 anos.

Trata-se de uma substância gelatinosa batizada de VetiGel, que acelera o efeito da coagulação do sangue. Feito com polímeros à base de algas, o produto foi criado por Joe quando ele ainda cursava o Ensino Médio, no laboratório amador de seu avô. Durante a faculdade, o gel foi aprimorado e inscrito em uma competição de negócios, na qual ganhou o segundo lugar, mesmo entre alunos formados e professores.

Agora, o garoto pretende comercializar sua invenção no mercado da medicina veterinária através da Suneris, empresa fundada por ele, para produzir em massa seu medicamento quase milagroso. O VetiGel já está em pré-venda como um kit de cinco seringas de 5 ml cada uma. O preço do conjunto é de US$ 150, cerca de R$ 464.


A ciência por trás do gel

Ao ser aplicado sobre um ferimento, o gel consegue estancar um sangramento em menos de 12 segundos, que é o tempo mínimo que o aparelho medidor de coagulação leva para processar a informação. Ou seja, qualquer hemorragia externa consegue ser bloqueada com rapidez, facilidade e praticidade em tempo recorde.

A substância é formada por polímeros à base de algas fracionados em pedaços menores. Assim que ela é aplicada em um ferimento, esses polímeros se “remontam” e formam uma espécie de malha que fecha a passagem completamente.

Mas não fica só nisso. Além de servir como uma supercola que tapa o escape do sangue, a estrutura formada pelo gel serve como suporte para a produção natural de fibrina do corpo, acelerando a recomposição normal do local ferido. Isso permite que o VetiGel seja removido alguns minutos após a sua aplicação.


Aplicação em humanos

O próximo passo natural do produto criado por Landolina é sua aplicação em seres humanos. Apesar de os principais testes já terem sido realizados, o VetiGel ainda está em observação para verificar se algum efeito colateral será relatado. Com a ajuda de empresas veterinárias, animais que receberem essa aplicação ainda terão atenção redobrada de profissionais em busca de qualquer problema.

O uso em humanos depende apenas de certas aprovações de órgãos reguladores e outras burocracias afins. Segundo Landolina, pode demorar no mínimo um ano para que os primeiros pareceres sejam divulgados. Enquanto isso, o criador juntou-se a companhias europeias para lançar seu medicamento na Europa e na Ásia até o fim do ano.
Assim que aprovado para utilização em humanos, o gel deve ser aplicado primeiramente nas áreas militares e de atendimento emergencial.

Concorrência

Não é apenas o VetiGel que se propõe a tratar hemorragias severas em velocidade recorde. Um de seus concorrentes é o Vitagel, no mercado desde 2006 e usado principalmente em procedimentos cirúrgicos. Seu funcionamento, assim como seu nome, é muito similar ao do VetiGel, à base de proteínas que formam uma barreira física para o sangramento. O produto, porém, é usado apenas em caráter emergencial, quando métodos mais convencionais não dão certo.

Fonte: TecMundo

Evento discute desafios da água

O acesso a água potável como direito humano, gestão compartilhada de recursos hídricos, qualidade da água dos rios e redução da pobreza serão alguns dos temas do evento de lançamento do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília a partir desta segunda-feira (27). A capital federal foi escolhida para sediar o evento mundial em março de 2018, uma iniciativa do Conselho Mundial da Água e dos governos federal e do Distrito Federal.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, informou que o evento de preparação reunirá cerca de 500 participantes de diversos países, que colocarão suas ideias a respeito dos temas envolvendo os recursos hídricos pelo mundo.
Segundo ele, o fórum é um espaço aberto para muitos atores, chefes de estado e governo, ministros, parlamentares, academia, setor privado e organizações não-governamentais.

“O fórum é organizado a cada três anos, tendo um país hospedeiro. Ele procura motivar a classe política para os desafios e usos múltiplos da água para produzir alimentos, gerar energia, navegação, questão do saneamento e acesso a água potável por todos. Esses temas precisam chegar até as autoridades tomadoras de decisão para que se possam encaminhar soluções para os problemas que enfrentamos”, disse Benedito.

Financiamento

Conforme Braga, as mudanças climáticas ou da variabilidade do clima se manifestam diretamente no setor hídrico, trazendo secas mais longas e enchentes mais densas, que devem ficar mais frequentes. “Temos de nos tornar mais resilientes. Temos de voltar os olhos para a adaptação. Como nos adaptamos? Construindo mais infraestrutura hídrica, barragens e reservatórios para situação de seca, de modo que a população possa depender dessa água armazenada”, acrescentou.

O presidente do conselho esclareceu que o setor de recursos hídricos estará presente na 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 22), no fim deste ano, no Marrocos, para influenciar os negociadores do clima a mudar um pouco o foco da mitigação e da questão das emissões de carbono. “Que uma parte do Fundo Verde de US$ 200 bilhões seja destinada para que as populações se tornem mais resilientes.”

Segundo ele, da mesma forma, custará muito caro para se alcançar a meta seis dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que é ter, até 2030, água limpa e saneamento para todos. “Mas temos de colocar um objetivo para motivar quem toma decisão a alocar recursos para o setor”, argumentou.

Benedito Braga disse ainda que existe um potencial de conflitos entre países pela água. “O Nilo, por exemplo, é um rio que corre por nove países africanos e já existe tensão entre Etiópia e Egito sobre a quantidade de água que será mantida a partir de um reservatório na Etiópia. Os rios Tigres e Eufrates são um problema para Turquia, Iraque e Síria”, destacou.

O presidente do Conselho Mundial da Água adiantou que, durante o fórum, serão apresentadas boas experiência de políticas de compartilhamento da água, como, por exemplo, o Rio Paraná e o Lago de Itaipu, compartilhado entre Brasil e Paraguai.

Disponibilidade hídrica

Benedito Braga disse que a chance de ocorrer uma crise hídrica na Região Sudeste, como em 2014, é pequena. Por outro lado, o Nordeste enfrenta o quinto ano seguido de seca. “O problema lá é muito sério. Para resolver isso, teremos de fazer um trabalho em duas direções: aumentar a disponibilidade da água e promover seu uso racional, que foi o que fizemos em São Paulo, com obras de transposição e incentivos econômicos para a população consumir menos.”

Para Braga, não existe uma solução única. Ele afirmou que, em alguns casos, é possível fazer o reúso e a dessalinização, mas não é o caso do Nordeste. “Precisa sim trazer água de mais longe. Tem de fazer obras e incentivar usos eficientes”, informou, lembrando que a Arábia Saudita faz a dessalinização para produzir alimento no deserto porque tem “óleo para queimar”.

Conforme Benedito Braga, a falsa sensação de que temos água em abundância no país dificulta a conscientização das pessoas e a adoção de políticas para evitar o desperdício. “No Sudeste, precisou ocorrer uma seca daquele porte para que as pessoas repensassem o uso da água”, concluiu.

Fonte Agência Brasil

Baixa valorização dos professores no Brasil

Os professores de nível superior no Brasil ganham menos do que outros profissionais com o mesmo nível de formação. De acordo com análise feita pelo movimento Todos pela Educação, os docentes recebem o equivalente a 54,5% do que ganham outros profissionais também com curso superior. A valorização dos professores é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que completou dois anos.

"Como é pouco atraente a carreira de professor, isso leva à desvalorização social. A carreira nao é tida como uma boa opção profissional, diferentemente do que acontece nos países que estão no topo dos rankings internacionais. Além de serem carreiras atraentes, têm valorização social da função. Parte disso é decorrente da compreensão da sociedade de que educação importa", diz a superintendente do Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco.

O PNE estabelece metas e estratégias para serem cumpridas até 2024. A lei trata desde o ensino infantil até a pós-graduação. Uma das metas do PNE prevê a elevação do investimento em educação dos atuais 6,6% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, até o final da vigência.
Pelo PNE, em até dois anos de vigência, o país deveria ter assegurado a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior públicas. De acordo com dados da
Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic/IBGE), em 2014, 89,6% dos municípios brasileiros declararam ter plano de carreira para o magistério; metade deles diz ter ações de regulamentação e valorização do magistério e 65,9% afirmam ter adotado concurso público para a contratação de professores. Dados do Censo Escolar mostram que, em 2015, 28,9% dos contratos docentes da educação básica pública eram temporários, o equivalente a quase 630 mil contratos.

Segundo o Todos pela Educação, não há medições qualitativas dessas políticas e nem uma ferramenta de monitoramento sobre a aplicação do piso salarial dos professores. "Não é uma mudança do salário que muda a qualidade na educação, mas a atratividade na carreira. É preciso pensar em todos os componentes, desde a atratividade das licenciaturas e pedagogia, a programas com identidade própria, que levem ao exercício do magistério e perspectivas de carreira atraentes, com bom salário inicial, condições para crescer na carreira e condições de trabalho e infraestrutura", diz Alejandra.

De acordo com ela, a carreira do professor tem que ser discutida na ponta, ao mesmo tempo em que deve envolver um esforço conjunto do Ministério da Educação (MEC), dos estados e municípios. Deve-se ser capaz de simular diferentes carreiras e o impacto financeiro disso para cada ente. A discussão, no entanto, fica comprometida pela situação econômica do país.
Falta de verbas

"Temos visto que para melhorar a educação são necessários três elementos: bom salário, boa carreira e boas condições de trabalho, que envolvem não só a hora-atividade, mas escolas bem equipadas e democracia na escola. Não adianta ter um só, tem que ter os três elementos", diz a  secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli.

Marta acredita que o contexto econômico tem impacto direto na qualidade da educação e critica a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo governo interino, que limita o aumento do gasto público à variação da inflação. "Isso nos preocupa muito. A imposição do governo federal será de mais arrocho para servidores públicos", diz.

Para os estados e municípios, falta verba para pagar os professores e até mesmo para cumprir a Lei do Piso. De acordo com levantamento da CNTE, mais da metade dos estados não pagam o piso salarial dos professores. Atualmente, o valor está em R$ R$ 2.135,64. Os entes defendem maior participação da União nos gastos, uma vez que é a que mais arrecada.

Discussão
A questão começou a ser discutida no âmbito do Ministério da Educação, no Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional, composto por representantes do MEC, dos estados, dos municípios e dos trabalhadores. O fórum foi convocado ainda na gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ainda não houve reuniões depois de o atual ministro Mendonça Filho assumir a pasta. Marta integra o fórum e diz que o CNTE decidiu que só participará das discussões após o fim do processo de impeachment e que não negociará com o governo de Michel Temer enquanto for interino.

Em nota, o MEC assegura que está realizando "análise cuidadosa do orçamento para a implantação do CAQi [Custo Aluno-Qualidade inicial]". Previsto para ser implantado ainda este ano pelo Plano Nacional de Educação, o CAQi poderia ajudar os estados e municípios a remunerar melhor os professores. "Importante destacar que a atual gestão recebeu o orçamento com um corte de R$ 6,4 bilhões. No entanto, já foi possível recompor R$ 4,7 bilhões para minimizar qualquer prejuízo a políticas do MEC", diz a nota.

Fonte: Agência Brasil

24 de junho de 2016

"Reformar Previdência é fundamental para o ajuste"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (23), em São Paulo,  que "a reforma da Previdência agora é fundamental como parte do ajuste fiscal", acrescentando que é necessária uma proposta constitucional própria.

Segundo ele, a Secretaria da Previdência do Trabalho foi transferida para a Fazenda como "gesto prático e simbólico", dada a importância da discussão da reforma previdenciária.

"É um processo em andamento, avaliações otimistas falam no caso da emenda constitucional em dois ou três meses para aprovação, enquanto os pessimistas falam até o final do ano para valer no ano que vem. Não vou fazer previsão", disse, ainda falando sobre a reforma da Previdência. "Eu acho importante falar a todos que precisa ser aprovado. E que há uma possibilidade muito grande".

Em entrevista à rádio CBN na semana passada, Meirelles disse que o grupo formado por representantes do governo e das centrais sindicais deve apresentar a proposta de reforma "nas próximas semanas", mas não deu detalhes das mudanças que o governo tem defendido nas discussões.

A previsão do governo é de que a Previdência feche 2016 com um déficit (despesas com o pagamento de benefícios superiores às receitas) de R$ 136 bilhões.

Gastos públicos


O ministro afirmou que o aumento da desconfiança em função da trajetória dos gastos públicos é o principal problema da economia brasileira hoje. “Tem que identificar o problema e atacar”, disse Meirelles em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “O problema é fiscal. Não é possível crescer a despesa pública nesses termos como vemos”, destacou.

Segundo ele, houve aumento das despesas públicas de 1997 a 2015, que cresceram quase 6% ao ano em termos reais, acima da inflação. “Por isso a trajetória não é sustentável a longo prazo”, diz.

De acordo com o ministro, de 2007 a 2015 as receitas tributárias cresceram 17% acima da inflação e as despesas, acima de 50%. De 2004 a 2015 as despesas públicas cresceram em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) 4 pontos percentuais. “É uma trajetória que vem subindo”, disse.

Meirelles explicou que, na década de 90, na segunda metade principalmente, isso foi financiado com o aumento da carga tributária, posteriormente com o crescimento econômico e aumento do PIB em consequência do aumento da arrecadação, e depois um aumento maior de despesas.

“A inclinação dessa curva, somada com o aumento da incerteza,  somada com outras questões que fez com que o nível de confiança caísse mais ainda, tudo isso junto fez com que esse dado caísse e o quadro se agonizasse”, disse.

O ministro disse ainda que todos os subsídios – inclusive empresariais -  não podem ser aumentados em termos nominais até que o limite volte a ser obedecido.

Segundo ele, no momento em que se controla as despesas públicas no devido tempo, a taxa de juros cai. Com as taxas de juros caindo, a trajetória da dívida também cai. “O maior risco é o fiscal, portanto, nós temos que baixar isso”.

Meirelles respondeu às críticas de que, enquanto o governo fala em corte de gastos, aumenta os salários dos funcionários públicos. O impacto no orçamento do reajuste dos servidores, já aprovado pela Câmara dos Deputados, é de R$ 67,7 bilhões entre os anos de 2016 e 2018.

Segundo ele, existia um projeto já pactuado com o governo anterior e que o aumento aprovado é menor que a inflação. Ele assegurou que o percentual de despesa com os funcionários públicos tende a cair. “Isso não é nada contra o que vai ser predominante”, afirmou, se referindo ao corte de despesas.

“Temos um processo harmônico de queda real das despesas públicas e que vai colaborar estruturalmente com a queda de juros e levar a inflação para a meta”, disse.

Meta fiscal para 2016


Meirelles defendeu a redução da meta fiscal de 2016, que foi revisada para um déficit (despesas maiores do que receitas) de até R$ 170,5 bilhões.

“Por isso que nós fizemos um programa que, em que primeiro lugar, avaliou o déficit primário real deste ano, levando em contas as obras que já foram executadas, atraso de aluguel de embaixada no exterior, de atraso a organismos internacionais, o que resta a pagar”, disse.
O problema da educação não é a quantidade de recursos que se coloca, é qualidade, e isso sim vai demandar investimentos muito sérios e não será simplesmente com alocações automáticas de recursos"
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda

Segundo ele, a abordagem seguinte é propor a evolução dos gastos públicos nos próximos 20 anos, com a possibilidade de mudança de índice a partir do 10º ano. A Fazenda propõe mudança na Constituição, estabelecendo teto para os gastos públicos por um período de 20 anos.

“O crescimento real das despesas públicas será zero acima da inflação versus 6% de mais de 17 anos versus 50% de 2007 a 2015”, disse.

O ministro espera que isso ocorra por um longo prazo. “Se isso for colocado na Constituição passa a ser uma norma fortíssima”.

Educação e saúde


Segundo ele, existem itens de vinculação de despesas com a receita que são incompatíveis com a queda nos gastos públicos, como saúde e educação. “Por isso, o governo propôs que ambas sejam corrigidas seguindo o critério da inflação, consistente com a evolução da meta, caso contrário seria inócuo esse limite porque seria violado rapidamente”, afirmou.

“O problema da educação brasileira não é a quantidade de recursos que se coloca, proporção ao PIB, é qualidade, e isso sim vai demandar investimentos muito sérios e não será simplesmente com alocações automáticas de recursos”, disse.

Ele enfatizou que serão mantidos em termos reais recursos para educação e saúde. “Não vai comprimir, vai manter em termos reais. E o Congresso Nacional tem o direito de aumentar as despesas por exemplo com saúde acima do mínimo. Outras despesas serão comprimidas para compensar”, afirmou.

Pré-sal


O ministro disse ainda que a abertura do pré-sal é uma das prioridades do governo. “É um momento de crise, de consciência, e o Congresso tem aprovado coisas importantes, aprovou o déficit de R$ 170 bilhões, o projeto de governança de estatais, a questão da abertura do modelo do pré-sal também já está andamento como prioridade do governo”, afirmou. “Tudo indica que existe uma disposição do Congresso e um bom diálogo do Executivo com o Congresso”.

Fonte: G1

Fenômeno químico gera baterias feitas de água

O fenômeno chamado “ponte de água” foi descoberto ainda no século 19 e é uma experiência simples e interessante que pode ser feita em aulas de ciência em uma escola ou mesmo em sua casa: se você pegar água destilada várias vezes, ou seja, o fluido em um estado extremamente puro, colocá-la em dois recipientes próximos um do outro e sujeitar o líquido a altas voltagens, você o verá subindo pelas laterais dos frascos e formando uma ponte de água flutuante que flui para ambos os lados entre os dois.

Estudiosos da Universidade Tecnológica de Graz, na Áustria, redescobriram esse fenômeno em 2007 e recentemente mostraram que esse processo altera o estado da água e dá a ela propriedades exclusivas de densidade e estrutura. Com auxílio da equipe do centro de pesquisa Westus, na Holanda, descobriu-se que essa ponte de água flutuante produz água carregada eletricamente e armazena a carga por pelo menos um curto período.

Como funciona?


A água não é carregada eletronicamente, mas sim “protonicamente”. Nesse fenômeno, o líquido é carregado positiva ou negativamente dependendo se contém mais ou menos prótons. O estudo mostra que, na água anódica (com carga positiva), prótons são formados por causa da eletrólise, gerada pela alta voltagem.

Esses prótons soltos – núcleos do hidrogênio – fluem através da ponte de água para dentro da água catódica do outro recipiente, que tem uma carga negativa, e são neutralizados lá por íons de hidroxila. Como os prótons se movem em uma velocidade finita, sempre há excesso de prótons em um frasco de água e falta deles no outro.

Caso a ponte de água seja quebrada repentinamente, a carga protônica permanece e pode ser medida por espectroscopia de impedância. Os primeiros estudos mostraram que essa carga é capaz de permanecer na água por até uma semana.


Novas possibilidades


A descoberta que mostra que essas pontes de água podem ser utilizadas como reatores eletroquímicos ou bioquímicos abre uma gama de possibilidades de aplicações na indústria. Substâncias podem ser colocadas em contato com outros materiais na ponte de água para sofrerem reações químicas.

Além disso, a água pode se tornar uma bateria, no sentido de armazenar carga elétrica. Assim, ácidos e substâncias alcalinas podem ser produzidos sem nenhum íon opositor, ou seja, sem água ácida ou alcalina. Isso pode abrir caminho para agentes de limpeza ecológicos, para um processo de diminuição da quantidade de dejetos químicos e para novas possibilidades em aplicações médicas.

Fonte: TecMundo

Sul e Sudeste dominam produção de energia

Superar as desigualdades e atender a demanda energética em um país continental como o Brasil são os principais desafios a serem superados no sistema de distribuição, conclui o estudo Logística de Energia 2015 - Redes e Fluxos do Território, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta (23).

O documento sinaliza concentração excessiva da produção, distribuição e logística energética nas regiões Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste do país. No Sudeste, por exemplo, o Rio de Janeiro responde por quase 70% de toda a produção de petróleo (68,4%) e por 34,8% da produção de gás natural; o Espírito Santo é responsável por 16,3% da produção de petróleo e São Paulo, (7,2%).

Na produção de gás, 62,8% se concentram no Rio de Janeiro (34,8%), Espírito Santo (14,9%) e São Paulo (13,1%). Das 17 refinarias que integram o Parque Nacional de Refino, cinco delas ficam no Sudeste: São Paulo (5) e Rio de Janeiro (2). O Rio Grande do Sul tem duas refinarias.

A concentração indica que 39% da capacidade de refino no Brasil estão no interior de São Paulo, 10,9% no Rio de Janeiro e 9,3% no Rio Grande do Sul. Assim, as regiões Sul e Sudeste reúnem 59,2% da capacidade de refino no Brasil.

Distribuição geográfica


O estudo do IBGE tem como meta apresentar e analisar os padrões espaciais (distribuição geográfica) da logística da energia no Brasil, desde a produção, passando pela distribuição, até chegar ao consumo de todas as formas de energia produzidas: petróleo, gás natural, biocombustíveis e energia elétrica – aí compreendidos fontes hidroelétricas, termoelétricas, eólica e fotovoltaica.

Como agravante às dificuldades decorrentes da diversidade da grandeza geográfica do território brasileiro, figuram a questão da distribuição desigual das atividades econômicas, com suas respectivas demandas energéticas, e a necessidade de disponibilizar esses recursos em um país de dimensões continentais.

Em entrevista à Agência Brasil, Marcelo Paiva da Motta, um dos responsáveis pelo planejamento e coordenador da pesquisa, disse que o estudo procurou enfatizar o lado territorial, o padrão espacial (distribuição geográfica) das infraestruturas de produção existentes e também a distribuição dos insumos energéticos.

“Em termos gerais, a gente repara que a distribuição espacial dessas estruturas de produção e a distribuição dos insumos energéticos são determinadas, em primeiro lugar, pelas condições técnicas de sua produção e dos determinantes naturais. As jazidas têm uma ocorrência natural e puxam a estrutura de distribuição para perto delas, da mesma forma que a geração da energia elétrica vai seguir a localização das bacias hidrográficas, que têm o potencial de transformar aquela energia hidráulica em energia elétrica.”

Pré-sal


A pesquisa do IBGE mostra, também, o crescimento da participação do pré-sal na produção de petróleo (que chegou a 21,9% em 2014); a liderança absoluta do Rio de Janeiro como produtor de petróleo (68,4% da produção) e gás natural (34,8%); mas sinaliza, também, a dependência externa do país no consumo de derivados de petróleo e gás natural.

Com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), por exemplo, o estudo comprova que o país importou, em 2014, 47,6 mil metros cúbicos por dia (m³/dia), o equivalente a 299,8 mil barris/dia de derivados de petróleo, principalmente óleo diesel, gasolina e nafta; e outros 17,4 bilhões de metros cúbicos (m³) de gás natural no mesmo ano.

A pesquisa indica, ainda, que 92,5% do volume de produção do petróleo no Brasil ocorrem em ambiente marinho e apenas 7,5% no continente. Em termos absolutos, no entanto, 841 poços produtores de petróleo e gás natural situam-se no mar e 8.263 ficam no continente.

“O estudo ratificou a condição do Rio de Janeiro como o maior produtor de petróleo no Brasil, chegando a responder na época [da pesquisa] por quase 70% de toda a produção de petróleo. Este percentual equivale a mais de quatro vezes a produção do segundo colocado, o Espírito Santo, com 16,3%. Todos os outros estados produtores somados chegam a 8,1% do total da produção no país”, enfatizou.

Gás natural


O IBGE constatou que a produção de gás natural é um pouco menos concentrada no mar do que a do petróleo. Segundo o estudo, são 73,3% de origem marítima, contra 26,7% da produção terrestre, sendo que, no pré-sal, já representa 19,6% do total extraído no país (31,9 bilhões de m3, em 2014).

A produção do Rio de Janeiro (34,8%) representa mais que o dobro da produção do segundo colocado, o Espírito Santo, que extrai 14,9%. Amazonas (14,7%) e de São Paulo (13,1%) também detêm produções significativas.

Geralmente associado às reservas de petróleo - os campos de produção de petróleo são basicamente os mesmos que produzem o gás -, a distribuição geográfica do volume produzido de gás natural tem algumas diferenças em relação às maiores áreas produtoras de petróleo.

Predomínio marítimo


Do mesmo modo que ocorre com a produção de petróleo, a maior parte do volume produzido de gás natural tem predomínio de origem marítima (73,3%), contra 26,7% de origem terrestre.

A produção de gás natural no pré-sal representava, em 2014, apenas 19,6% do total extraído no Brasil, proporção levemente menor que a do volume de petróleo extraído dessa camada (21,9%). Neste caso, além da incipiência da produção, deve-se considerar o fato de haver maior produção de gás natural em áreas continentais em relação ao petróleo, além de todas as áreas terrestres se situarem fora do polígono do pré-sal.

O Rio de Janeiro é também o maior produtor de gás natural do país, totalizando 34,8% do volume nacional. A produção de gás natural do estado representa mais que o dobro dos números do Espírito Santo, o segundo em extração do produto.

Por ter o seu escoamento muito mais dependente do transporte dutoviário, do que o de petróleo e seus derivados, a malha de gasodutos do país é bastante extensa, e há alguns deles que percorrem centenas de quilômetros mar adentro para alcançar determinadas plataformas e campos de produção.

O Brasil não é autossuficiente na produção de gás natural, necessitando de um volume significativo de importações para suprir a demanda interna. Em 2014, o volume importado foi pouco mais de 17 bilhões de metros cúbicos.

Dois tipos de infraestrutura cumprem papel fundamental nessa importação: o gasoduto Brasil-Bolívia, que transporta o produto do país vizinho para ser comercializado no Brasil, percorrendo quase a totalidade  de Mato Grosso do Sul e São Paulo; e as unidades de regaseificação de gás natural.

Refinarias


A lógica da concentração e da desigualdade do sistema energético brasileiro pode ser avaliada quando se analisa o Parque de Refino. Das 17 refinarias existentes, cinco  ficam em São Paulo, que responde por 39% da capacidade de processamento de petróleo do país.

Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul possuem duas refinarias cada um, respectivamente 16,1%, 10,9% e 9,3% de capacidade de refino. Enquanto o Centro-Oeste não tem nenhuma unidade de refino, o Norte conta com a unidade de Manaus.

“É fato que a maioria delas encontra-se mais perto da costa. E que há uma certa proximidade entre as principais áreas de produção de petróleo e as refinarias. Portanto, apenas 10 das 27 unidades da Federação abrigam refinarias”.

Embora o Estado de São Paulo seja o maior produtor nacional de derivados de petróleo, nenhuma refinaria se localiza na capital paulista - a com maior capacidade de refino no país é a Refinaria de Paulínia - situada no município de mesmo nome, totalizando 433 997,7 barris/dia.

Fonte: Agência Brasil

23 de junho de 2016

Material mais efetivo do que o grafeno

Desde que o grafeno pode se materializar fora dos estudos teóricos, não falta quem tente uma forma de utilizar esse material impressionante na produção de componentes eletrônicos. Não obstante, algumas limitações técnicas ainda impedem que o material ocupe o lugar do silício como pedra fundamental da indústria. Tal impasse fez com que uma brasileira partisse em busca de um “Santo Graal da Ciência dos Materiais”; e a empreitada parece ter dado certo.

Juntamente com seus colegas da Universidade de Utrecht, a professora Cristiane Morais Smith publicou recentemente na revista Nature um estudo que trata de um material derivado do telúrio e do mercúrio que alia a condição única das qualidades eletrônicas excepcionais do grafeno a propriedades importantes que o derivado do carbono não possui.

Não obstante, a conquista ainda é apenas teórica. “Caso nós consigamos sintetizar esse ‘Santo Graal’ e ele exiba as propriedades previstas na teoria, um novo campo de pesquisa e aplicações que nós nem podemos imaginar pode se abrir”, disse Smith no referido trabalho.
Nanocristais de mercúrio e telúrio

Em vez de se basear em átomos de carbono, como o grafeno, a criação da professora Smith e sua equipe é baseada em nanocristais de mercúrio e telúrio — embora também compartilhe do design que lembra um favo de mel. A grande diferença, entretanto, é que o “Cálice Sagrado” apresenta propriedades de semicondutor em temperatura ambiente, enquanto que o grafeno permanece como um condutor.

Basicamente, isso torna a estrutura hipotética da equipe particularmente interessante como um substituto em potencial para o silício (também um semicondutor) na produção de componentes eletrônicos. Ademais, o composto também atende às condições primárias para a realização da chamada spintrônica quântica, já que é capaz de abrigar o efeito Hall de spin também em temperatura ambiente. Vale olhar isso mais de perto.
Transporte de spins em vez de cargas

O grafeno foi produzido pela primeira vez em 2003, tendo sido o primeiro material descoberto no qual os elétrons podem se movimentar como se não possuíssem massa — algo diretamente ligado ao design em forma de favo de mel formado por átomos de carbono. Entretanto, a despeito de suas propriedades “miraculosas”, o grafeno não pode realizar o chamado efeito Hall de Spin, nem mesmo em baixas temperaturas.

O referido efeito descreve, em linhas gerais, a possibilidade de criar uma diferença de potencial dentro de um corpo com base apenas no “spin” (momento angular, uma grandeza associada à rotação e à translação de um corpo) do elétron, de tal forma que elétrons com mesmo spin se agrupariam em extremidades opostas. Por não necessitarem de campos magnéticos externos para atuar, as correntes de spins representam um dos horizontes buscados pela ciência da computação.

O experimento deve ser possível em breve

A despeito do “Santo Graal”, entretanto, o efeito Hall de spin, idealizado em 1971, foi realizado em 2006 em prática conduzida pelo professor Laurens Molenkamp, da Universidade de Würzburg. Molenkamp e sua equipe conseguiram produzir o efeito utilizando mercúrio e cádmio em baixa temperatura — experimento que motivou a equipe da Dra. Morais Smith na produção de seu próprio “favo de mel” quântico.

“Entretanto, neste momento, o professor Laurens Molenkamp é o único especialista no mundo que trabalha com mercúrio e telúrio”, diz a professora. “Dessa forma, nós estamos muito felizes por ele estar bastante interessado em sintetizar as estruturas em favo de mel que nós projetamos.”

Embora ainda seja impossível colocar em teste a maravilha do “Santo Graal”, Smith acredita que a tecnologia para tanto não deve tardar. “Embora ainda não seja possível realizá-la experimentalmente, [o professor Laurens Molenkamp] espera que a tecnologia necessária esteja disponível em pouco tempo, considerando-se os desenvolvimentos que estão em andamento em seu laboratório neste momento.”
Inovações “além da nossa imaginação”

Caso a experiência resulte em sucesso, entretanto, o céu deve ser o limite. “Se nós conseguirmos sintetizar [o material] e ele, de fato, exibir a tal combinação única de propriedades exóticas em temperatura ambiente, conforme previsto, um campo de pesquisas fundamentais e de inovações tecnológicas deve se abrir para além da nossa imaginação”, diz a Dra. Smith.

De fato, a chamada “spintrônica” tem sido apregoada como a tecnologia que pode dar o próximo passo na aceleração de computadores e também da internet. Trata-se de substituir a corrente elétrica por uma corrente de spins — as quais podem interagir com nanoimãs, alavancando a criação de novas memórias ultrarrápidas. Bem, isso e o que mais houver além da nossa imaginação.

Fonte: TecMundo

Refrigerantes restringem vendas em escolas

Fabricantes anunciam que deixarão de vender refrigerantes em escolas com crianças menores de 12 anos

Brasília – A Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil deixarão de vender refrigerantes às escolas com alunos de até 12 anos ou que tenha a maioria dos alunos nessa faixa de idade. A decisão foi divulgada hoje (22) pelas empresas e valerá a partir de agosto. Em nota, as produtoras afirmam que consideram a obesidade um “problema complexo” e que reconhecem seu papel de ser parte da solução.

As fabricantes afirmaram que irão comercializar nesses locais apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos, mantendo o foco na hidratação e na nutrição

Segundo a nota, “o novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências”.

Cantinas

A política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Em relação àquelas que se abastecem em outros pontos de venda (supermercados, redes de atacados e adegas, por exemplo) as empresas prometem promover ações de sensibilização desses comerciantes, por meio da qual todos serão convidados a seguir a medida.

De acordo com a presidente da Associação de Nutricionistas do Distrito Federal, Simone Rocha, a decisão das fabricantes é positiva e segue articulações nacionais que apontam para a proibição de venda de refrigerantes em escolas públicas e privadas. Em alguns estados, como na Paraíba, já existe uma lei local proibindo a venda do produto em escolas públicas e privadas. Além disso, várias escolas do país já adotam a medida em suas cantinas.

Conforme Simone, o refrigerante é uma "caloria vazia", sem nutrientes e, além disso, tem conservantes, corantes e outros componentes que não fazem bem à saúde. “O consumo diário de refrigerante pode levar à obesidade, diminuir a absorção de cálcio e levar ao comprometimento da saúde óssea”, detalhou.

Simone acrescentou que não ter o produto disponível diariamente durante a infância influencia na formação dos hábitos alimentares do adulto.”Se ela não tem acesso, não vai ter aquilo como comum. Vai adotar como algo de momentos festivos. Já se tiver disponível todos os dias, vai tornar natural e pensar que é inofensivo”, concluiu.

Fonte: Rede Brasil Atual
http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2016/06/coca-pepsi-e-ambev-param-de-vender-refrigerante-a-escolas-com-menores-de-12-anos-2848.html

Avião Solar atravessa o Atlântico

Depois de 70 horas de voo sobre o Oceano Atlântico, o avião Solar Impulse 2, que está realizando uma viagem pelo mundo, aterrissou na Espanha, informa a página oficial do projeto no Twitter. "O piloto Bertrand Piccard desembarcou em Sevilha, completando o primeiro voo de 70 horas a energia solar pelo Atlântico", diz o comunicado. O avião partiu de Nova York na segunda-feira (21).

O Solar Impulse 2, que utiliza somente a energia do sol, iniciou a viagem pelo mundo em Abu Dhabi, em 9 de março de 2015. O avião já visitou Omã (Muscat), a Índia (Varanasi), o Myanmar (Mandalay), a China (Chongqing e Nanjing) e o Japão (Nagoya). No início de julho, chegou ao Havai, estabelecendo o mais longo recorde de voo sem escalas, de 120 horas. Durante esse período, as baterias superaqueceram e ficaram inutilizadas.

O Solar Impulse 2 foi apresentado ao público em abril de 2014 e, em junho, foi testado com sucesso. O peso da aeronave é 2,3 toneladas, com 17,2 mil painéis solares que produzem a energia para o funcionamento dos motores. A velocidade máxima da aeronave é de 140 quilômetros por hora.

O primeiro voo de longo curso de um avião a energia solar foi feito em abril de 2010.

Fonte: Agência Brasil

22 de junho de 2016

Senado aprova novos limites do Supersimples

Proposta inclui no programa empresas que faturam até R$ 4,8 mi por ano. Senadores ainda precisam analisar possíveis alterações no texto.


O Senado aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (21) o texto-base do projeto de lei que altera os limites de enquadramento de pequenas e microempresas no programa Supersimples. Os senadores ainda precisam analisar destaques (sugestões e mudança no texto) nesta quarta-feira e, em seguida, a proposta seguirá para nova análise na Câmara.

Criado em 2006, o Supersimples é um programa que tem como objetivo diminuir impostos e reduzir a burocracia para o pagamento de contribuições de pequenas e microempresas. A proposta de atualização do programa tem origem na Câmara. Pelo projeto aprovado, as novas regras começam a valer a partir de 2018.

Segundo o texto, empresas de pequeno porte com receitas brutas de até R$ 4,8 milhões ao ano poderão aderir ao regime tributário. Hoje, o teto para participação dessas empresas no programa é de R$ 3,6 milhões anuais.

Na Câmara, os deputados chegaram a aumentar o teto da receita bruta anual de empresas que podem aderir ao Supersimples para R$ 14,4 milhões. No entanto, a atualização foi considerada excessiva pelos senadores, que modificaram a proposta.

No caso das microempresas, a proposta eleva de R$ 360 mil para R$ 900 mil o teto da receita bruta anual dos empreendimentos desta modalidade que quiserem aderir ao Supersimples.

Microempreendedor individual
A proposta também altera o limite de enquadramento do microempreendedor individual (MEI) de R$ 60 mil para R$ 72 mil de receita bruta anual. O aumento no teto do MEI já havia sido aprovado pela Câmara, e foi mantido no substitutivo da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora da proposta no Senado.

MEI é o empresário que trabalha sozinho ou, no máximo, com apenas uma pessoa contratada. Ele paga taxas fixas de impostos estaduais, como ICMS, e municipais, caso do ISS, mas é isento de tributos federais.

Parcelamento de dívidas

Outro ponto da proposta aprovada pelo Senado aumenta o prazo para que o empresário pague dívidas tributárias no âmbito do Supersimples. Caso o projeto seja aprovado pela Câmara e sancionado pela Presidência da República, o pequeno e o microempresário endividados poderão optar, em um prazo de 90 dias, pelo parcelamento de seus débitos tributários por um parcelamento em 120 meses.

Os valores das parcelas, no entanto, não poderão ser menores do que R$ 300 para micro e pequenas empresas, e R$ 150 para microempreendedores individuais. Se não fizer a opção dentro do prazo de 90 dias, o participante do Supersimples precisará quitar as dívidas tributárias em 60 meses como normalmente prevê o programa.
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Novas modalidades

O texto aprovado no Senado autoriza que setores como micro e pequenas cervejarias e vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias, que produzam e vendam no atacado, possam aderir ao Simples. Antes, os fabricantes de bebidas alcoólicas eram vetados de forma geral.

Impacto

No texto aprovado no Senado, Marta Suplicy apresenta, como justificativa para aprovação do projeto, o argumento de que a proposta vai aquecer a economia e gerar empregos, além de incentivar que mais empresas saiam da informalidade.

No entanto, a própria proposta prevê um impacto negativo na arrecadação de, pelo menos, R$ 1,7 bilhão nas contas públicas federais. Isso deve ocorrer porque mais empresas poderão ser enquadradas no programa, e aumentará, assim, o desconto no pagamento de tributos.

Os impactos na arrecadação dos estados e municípios não foram estimados na proposta. A aprovação do texto só foi possível após reuniões entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), líderes no Senado, governadores e secretários estaduais de Fazenda.

A ideia de Renan Calheiros era votar o projeto já na semana passada, mas não houve acordo para que o projeto fosse colocado em votação. Senadores da base governista pediram mais tempo para analisar a proposta, alegando que não tinham o cálculo exato do impacto que a aprovação da proposta poderia causar aos cofres públicos.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chegou a mencionar um estudo, feito pela Receita Federal, de que a proposta traria um déficit de arrecadação em torno de R$ 5 bilhões ao ano. No entanto, o texto contou com o apoio da maioria dos parlamentares e foi aprovada.

Fonte: G1 Globo

Aneel aprova redução de 12,87% na tarifa da Copel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou terça-feira (21) a aplicação de redução média de 12,87% nas tarifas da paranaense Copel Distribuição, no âmbito do processo de revisão tarifária da empresa.

Para os consumidores de alta tensão, como as indústrias, a queda nas tarifas ficou em 11,61%, em média, enquanto os de baixa tensão, como as residências, pagarão em média 13,83% a menos. As novas tarifas entram em vigor no dia 24 de junho. A Copel distribui energia a cerca de 4,5 milhões de clientes em 393 municípios do Paraná.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a redução de tarifas decorre do menor peso de componentes financeiros nas tarifas em relação a 2015. Além da Copel, a Aneel também votou nesta terça as revisões tarifárias de três distribuidoras do grupo Energisa.

Conta no RJ sobe


Para a Energisa Nova Friburgo, a agência autorizou aumento médio de 8,86%, a entrar em vigor a partir de 22 de junho. Os consumidores residenciais da empresa terão reajuste médio de 6,69% em suas tarifas, enquanto os de alta tensão, como as indústrias, pagarão 17% a mais. A empresa atende cerca de 98 mil clientes no município de Nova Friburgo (RJ).

Minas Gerais terá alta


No caso da Energisa Minas Gerais, que atende cerca de 415 mil clientes no interior de Minas, a Aneel autorizou uma alta média de 2,16%, sendo 3,86% para clientes de alta tensão, como as indústrias, e 1,68% para os de baixa tensão, como as residências. As novas tarifas também entram em vigor na quarta-feira (22).
Paraná tem queda

Outra empresa da Energisa, a Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO) terá redução média de 16,48% nas tarifas. Os consumidores de alta tensão pagarão 20,09% a menos e os de baixa tensão terão desconto de 13,84%. As novas tarifas da CFLO, que atende 51 mil clientes no interior do Paraná, entram em vigor em 29 de junho.

Fonte: Uol Economia

Câmara aprova 100% de capital estrangeiro em empresas aéreas

Brasília – Por 199 votos contra 71, os deputados aprovaram hoje (21) uma emenda à Medida Provisória do Setor Aéreo (MP 714/16) que permite que empresas estrangeiras possam ter total controle do capital de companhias aéreas no Brasil. O texto original, que restringia a possibilidade de controle em até 49%, e um projeto de lei de conversão, que foi aprovado pouco antes da emenda, já ampliavam a participação para 51% do capital. Atualmente, esta participação era limitada a 20%.

No comando, o deputado Fernando Giacobo (PR-PR) encerrou a sessão na Câmara, convocando uma extraordinária para que o plenário continuasse apreciando destaques, que foram apresentados ao texto.

Polêmica, a medida divide posições na Câmara. Legendas como PT, PDT e Psol alertam que esta ampliação do capital pode prejudicar o setor de aviação regional. O PT, porém, venceu uma batalha ontem quando, por acordo, conseguiu retirar do texto o trecho que extinguia o Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero), cobrado nas tarifas aeroportuárias dos passageiros e enviado para o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), ainda na noite de ontem (20).

Com o resultado em turno único de votação, a medida provisória segue para a apreciação do Senado quando estiver concluída na Câmara.

Fonte: Rede Brasil Atual

21 de junho de 2016

Clima: como a indústria química pode colaborar?

De acordo com o assessor técnico do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, André Ramalho, o acréscimo da temperatura da Terra causado pelo aumento na quantidade de gases de efeito estufa (GEE) tem como uma de suas principais consequências a elevação das condições climáticas ao extremo, ou seja, períodos de seca se tornam mais fortes e/ou prolongados, da mesma forma que períodos chuvosos apresentam maior intensidade.

A indústria química já trabalha há décadas na redução de suas emissões, como mostram os indicadores de desempenho do Programa Atuação Responsável®. Segundo dados mais recentes da Abiquim, que gerencia o programa no Brasil, entre 2006 e 2014, as fabricantes de produtos químicos de uso industrial instaladas no Brasil reduziram 30% do total de suas emissões de CO2.

Além disso, a química é provedora de soluções sustentáveis para as indústrias à frente de sua cadeia, com o desenvolvimento de combustíveis provenientes de fontes renováveis, reduzindo o peso dos produtos, aumentando sua durabilidade e eficiência, por exemplo.

A fim de discutir o assunto com mais profundidade, a Abiquim realizou no dia 1º de abril, em São Paulo, o evento “O Acordo de Paris: A contribuição da indústria química para a agenda brasileira”.

Texto: Adriana Nakamura
Fonte: Qímica.com.br

Vagas no Fies já podem ser consultadas

Os interessados em financiar o curso de ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) já poderão consultar no site do programa, as vagas disponíveis. As inscrições deverão ser feitas de 24 a 29 de junho, também pelo portal. Serão oferecidos 75 mil financiamentos

Para participar da seleção, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e obtido 450 pontos na média das provas, além de ter tirado nota maior que 0 na redação. Os candidatos precisam ainda ter renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2.640.

Os estudantes podem se inscrever apenas para um curso. A opção pode ser alterada até o fim do prazo de inscrição. Uma vez por dia, o Ministério da Educação (MEC) divulga a nota de corte de cada curso, que é a estimativa da nota mínima para ser aprovado com base nas inscrições feitas até o momento. A nota de corte não é calculada em tempo real e não garante a vaga ao estudante.

O resultado será divulgado no próximo dia 30. Aqueles que não forem selecionados serão automaticamente inscritos em lista de espera. As vagas que não forem ocupadas pelos estudantes pré-selecionados serão ofertadas à lista de espera de 4 de julho a 10 de agosto.

O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa.

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-06/mec-divulga-hoje-vagas-do-fies

Londrina otimiza coleta e tratamento de esgoto

Londrina, no Norte do Paraná, que já se posiciona como a segunda cidade em saneamento do País, terá mais um grande avanço nos próximos anos. Hoje, 100% da população do município é atendida com água tratada e 91% com coleta e tratamento de esgoto. Nesta segunda-feira (20), o governador Beto Richa assinou o contrato de programa para a prestação de serviços de saneamento no município, de 30 anos de vigência, que fixa como meta de investimento R$ 1,6 bilhão, o que elevará os índices de coleta e tratamento de esgoto para 99% da população, até 2029.

“Chegamos a um entendimento entre a prefeitura de Londrina e a Sanepar para renovação da concessão de água e esgoto. A renovação é fundamental para que a cidade possa receber maior volume de investimentos e continuar avançando”, afirmou o governador na solenidade, realizada no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), com a presença de vereadores, diretores, gerentes e técnicos da Companhia, secretários municipais e deputados.  "Sinto orgulho por ter sido meu pai, em 10 de dezembro de 1973, então prefeito de Londrina, o primeiro a ter assinado contrato com a Sanepar”, afirmou. Ele destacou o reconhecimento da empresa como a melhor companhia de saneamento do país e cumprimentou o prefeito por firmar o contrato. “Foi um trabalho feito em equipe e é uma conquista de toda a população de Londrina.”

Richa ressaltou que a Sanepar já vem fazendo investimento recorde na cidade, de R$ 300 milhões. “Os investimentos já realizados posicionam Londrina entre as principais cidades em índices de saneamento do Brasil. Entre as 20 cidades com melhor saneamento do Brasil, cinco estão no Paraná, mostrou o estudo do Instituto Trata Brasil. Esse mesmo instituto disse que a Sanepar é a melhor empresa de saneamento do Brasil”, disse Richa.

Na área de abastecimento, o governador citou os investimentos na captação de água no sistema Tibagi. “Isso deixa Londrina por muitos anos sem o risco de desabastecimento de água. Sabemos que em várias regiões do Brasil há problemas com a falta de água. Aqui no Paraná não temos essa preocupação em função dos investimentos que nos autorizamos na Sanepar”, afirmou Richa.

Metas e investimentos

O contrato de programa foi assinado, além do governador, pelo prefeito Alexandre Kireeff e o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche. De acordo com o prefeito a vantagem deste novo contrato é a definição de metas de qualidade e de investimentos. “Teremos maior controle para acompanhar execução das obras. Isso será fundamental para Londrina, que já é reconhecida nacionalmente, avançar ainda mais na universalização da coleta e tratamento de esgoto”, afirmou ele.

Pelo contrato, a Sanepar repassará R$ 229 milhões para o Fundo Municipal de Saneamento Básico (2% do faturamento da empresa no município), sendo os primeiros R$ 25 milhões em duas parcelas já em 2016. O contrato também prevê desconto de 50% na conta de água da prefeitura, que fará uma economia de R$ 45 milhões em 30 anos.

Também está prevista recomposição de ruas e calçadas de acordo com padrão estabelecido pelas portarias da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação. Outra meta é a redução gradativa do índice de perdas de água. Nos distritos rurais, com população acima de 2 mil habitantes, a Sanepar irá implantar sistema de coleta e tratamento de esgoto, a partir de 2017 até o ano de 2030.

Atualizar

O presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, disse que, ainda neste ano, serão aplicados R$ 70 milhões em saneamento de Londrina. “Além dos novos investimentos, daremos uma atenção especial para garantia do padrão de qualidade investindo em manutenção”, afirmou.

Ele explicou que o contrato poderá ser revisto há cada quatro anos. “Isso é importante para que os investimentos se adequem a realidade do município. Nesse período, a cidade irá crescer e será preciso se adequar”, disse. Chaowiche destacou os impactos dos investimentos em saneamento para população. “Coletar e tratamento esgoto reflete na saúde e no cuidado meio ambiente”, afirmo

Dos R$ 300 milhões aplicados pela Sanepar em Londrina, nos últimos cinco anos, o maior e mais volume montante (R$ 84 milhões), foi a ampliação do sistema de água do Tibagi, inaugurado em dezembro de 2014. O sistema teve dobrada a sua capacidade, assegurando o abastecimento de água até 2030.

Estão em andamento a ampliação das estações de tratamento de esgoto Sul e Norte, de R$ 52 milhões nos próximos três anos. Além disso, estão em fase de licitação três novos reservatórios, R$ 14,6 milhões.


Fonte: Agência Estadual de Notícias