Em assembleia realizada
hoje pela manhã (08/12), os Profissionais da Química e demais empregados do
TECPAR (Instituto de Tecnologia do Paraná), rejeitaram a proposta apresentada
pela Diretoria do Instituto para parcelamento da dívida decorrente de não reajuste
salarial.
Os empregados do TECPAR
estão sem correções em seus salários desde 2018, quando o Instituto deixou de
implantar o reajuste de 3,00% devido em CCT da categoria. Além disso, deixou
também de efetuar a implantação do triênio, relativo a mais 3,00%, e a corrigir
o vale-alimentação, todos estes benefícios previstos em negociação coletiva.
O problema agravou-se, já
que em 2019 e 2020, a Diretoria do Instituto deixou também de efetuar as
correções decorrentes das negociações coletivas seguintes, de 5,00% e 2,05%,
respectivamente. Todos estes prejuízos foram objeto de ações coletivas, que
visam a implantação imediata dos reajustes devidos nos salários e a manutenção
dos benefícios.
Para tentar amenizar o
problema, a Diretoria do TECPAR buscou alternativas, consultando inclusive a
CCEE (Conselho de Controle das Empresas Estatais), órgão do Estado do Paraná
(que mais atrapalha do que ajuda) responsável por definir as diretrizes das
empresas públicas e sociedades de economia mistas com participação do Estado.
A proposta apresentada foi
de pagamento, com implantação imediata, do reajuste de 3,00% referente a 2018,
com reflexos no vale-alimentação; implantação do triênio, relativo a 3,00%; e o
pagamento dos valores retroativos de forma parcelada em até 24 vezes. Porém, uma
vez que a demanda judicial já encontra-se favorável aos trabalhadores, com
vitória em 2ª instância, pendente de decisão um recurso (protelatório) do
Instituto no TST (Tribunal Superior do Trabalho), a proposta de parcelamento do
retroativo, sem qualquer tipo de reajuste, foi o ponto crucial para a rejeição
da proposta.
Ao final da assembleia, a
Diretoria do TECPAR convidou os representantes sindicais José Carlos dos
Santos, do SIQUIM-PR, e Ivo Petry Sobrinho, do SINDASPP, em companhia do
procurador jurídico do SINDASPP, Dr. Thiago, para reunião, onde foram
discutidas alternativas para melhoria da proposta. A mesma será analisada pela
Diretoria e, se aprovada, será novamente levada aos trabalhadores para
apreciação.
Durante a assembleia, os
representantes sindicais comentaram ainda sobre a aprovação da LOA 2022 (Lei
Orçamentaria Anual), ocorrido nesta terça-feira (07), o qual prevê o retorno do
TECPAR ao orçamento do Estado (veja a notícia e o acesso integral ao PL
533/2021 – pg. 7). O projeto de lei passará por segunda votação e, se aprovado,
seguirá para sanção do Governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior.
O SIQUIM-PR não se cansará
de buscar esforços e continuar lutando por suas preocupações básicas e
primárias, que é dar melhores condições de trabalho e um salário justo e
reajustado aos seus filiados.
Continuaremos na luta!
SIQUIM-PR
http://www.assembleia.pr.leg.br/comunicacao/noticias/lei-orcamentaria-anual-para-2022-e-aprovada-em-primeiro-turno