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Confira os convênios e benefícios que o SIQUIM-PR oferece para você Profissional da Química Filiado!

28 de abril de 2017

SIQUIM apoia e participa de greve geral. Junte-se a nós!

O dia 28 de abril de 2017 ficará marcado na história do Brasil! Diversas categorias de trabalhadores aderiram à GREVE GERAL que marca a luta contra a Reforma Trabalhista e Previdenciária. O SIQUIM está participando do movimento desde madrugada e você também pode se juntar a nós. Confira a programação:

9h00 | Início concentração Centro Cívico | Nossa Senhora da Salete 
11h00 | Início caminhada rumo FIEP
11h30 | Ato frente Fiep 
12h30 | Caminhada para Tiradentes
13h00 | Ato Tiradentes - Pronunciamento Arcebispo Dom Antônio (Regina Contato com Arcebispo)
14h00 | Encerramento na Maldita






Senadores do Paraná são contra a reforma da Previdência

A reforma da Previdência ainda não enfrentou o primeiro turno de votação no plenário da Câmara dos Deputados, mas o assunto rende debate também no Senado, onde os três integrantes da bancada do Paraná já se posicionam contrários ao texto elaborado pelo Planalto.

A unanimidade chama atenção: enquanto Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) costumam atuar juntos na oposição, Alvaro Dias (PV) não raramente endossa proposições do Executivo, embora rejeite vínculo com a base aliada.

A reforma da Previdência, ou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, é considerada prioritária pelo presidente Temer, cuja expectativa é aprovar as mudanças ainda neste primeiro semestre.

Mas, na Câmara dos Deputados, o Planalto já enfrenta dificuldades. Houve recuos em relação ao texto original e, ainda assim, há dúvidas sobre o número de parlamentares dispostos a votar a favor das mudanças.

Se o texto chegar ao Senado, a oposição não promete trâmite fácil. “Nós não vamos ficar mansos aqui, não. Nós viremos com o povo para dentro do Senado da República”, discursou Gleisi, que é líder da bancada do PT na Casa.

“A proposta é tão ruim, é tão perversa com os trabalhadores, é tão perversa com o povo brasileiro, que o próprio governo Temer está vendo que a sua base aliada na Câmara dos Deputados não consegue aprovar essas propostas”, provocou a petista, em pronunciamento na tribuna do Senado.

Requião tem a mesma opinião. Em pronunciamento também no plenário, o peemedebista já chamou a reforma da Previdência de “crime social em larga escala” e disse que apenas “a absoluta insensibilidade deste Senado resultaria em aprovação do monstrengo”.

“Depois de ler e reler as propostas, de ouvir desde os meus conterrâneos no Paraná até qualificados especialistas no assunto, concluo que estamos diante de um dos maiores embustes da história brasileira. Mais do que isso, estamos diante de uma das maiores crueldades que se ousou perpetrar contra o nosso povo”, discursou Alvaro Dias.

Alvaro Dias também se tornou um crítico do texto. Segundo o ex-tucano, não é uma reforma que “subtrai direitos adquiridos” que fará “o país andar”.

“Os trabalhadores e aposentados não são responsáveis pelo rombo, e não podemos debitar a eles este prejuízo. Que tal fazer o país andar cobrando os ‘megadevedores’? Fazendo a auditoria da dívida pública?”, cobrou o parlamentar.


Brasil amanhece em greve geral contra as reformas de Temer

Capitais e principais cidades do país amanheceram paralisadas nesta sexta-feira (28), dia da greve geral convocada pelas frentes populares em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo Temer. Em São Paulo, linhas do metrô, ônibus e trens não circulam – com exceção da Linha 4 do metrô, que funciona normalmente. Estradas que dão acesso à cidade e avenidas foram trancadas.

Na Marginal Tietê, as pistas central e expressa foram bloqueadas na altura da Rodoviária Tietê. As avenidas Francisco Morato, Do Estado e Tiradentes (centro) também estão bloqueadas. O mesmo ocorre nas avenidas Nações Unidas, Francisco Matarazzo, Faria Lima e João Dias.

Os principais acessos à Curitiba estão bloqueados – BR-116 e BR-277 – e também a Avenida das Torres, que dá acesso ao aeroporto Afonso Pena. A capital paranaense está com 100% dos ônibus parados.

Trabalhadores de Sergipe fecham a ponte do Marcos Freire II, em Socorro, e a Avenida Heráclito Rollemberg, em Aracaju.

Portuários ocupam a Companhia Docas do Pará e trancam as ruas de acesso ao mercado Ver-o-peso, no centro de Belém.

Aeroportos
Mais de mil integrantes da Frente Povo Sem Medo fizeram trancamento da Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto de Guarulhos (SP) no início da manhã. O aeroporto funciona com atrasos nas operações, mesma situação de Congonhas, na zona sul da capital paulista. 

Manifestantes também bloquearam os acessos aos aos principais aeroportos Santos Dumont (Rio) e Juscelino Kubtschek (Brasília). 

27 de abril de 2017

SIQUIM-PR convoca para greve geral de 28 de abril

O Sindicato dos Químicos do Estado do Paraná - SIQUIM-PR convida os profissionais da química a participarem da greve geral nesta sexta-feira, dia 28 de abril, em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários. A entidade se soma a inúmeras outras organizações nacionais e estaduais, além das Centrais Sindicais e de sindicatos das mais variadas categorias profissionais.
As reformas Trabalhistas e da Previdência, ambas propostas pelo presidente Michel Temer, representam um desmonte dos atuais parâmetros das relações de trabalho e da Seguridade Social no Brasil. Mesmo impondo modificações na Constituição Federal e a desconfiguração da CLT, as propostas avançam em ritmo acelerado no Congresso, sem o devido processo democrático de debate com a sociedade. Importante ressaltar que o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou segunda-feira (24), uma Nota Técnica em que pede rejeição ao relatório da reforma Trabalhista, concluindo que o projeto tem inconstitucionalidades expressas sem nenhum pudor e violações às convenções internacionais das quais o Brasil é signatário.
Para além da paralisação, o SIQUIM-PR convida a categoria a reforçar a mobilização do dia 28 com o boicote ao comércio em geral, às instituições públicas, ao transporte público, etc. A intenção é que os efeitos da greve sejam percebidos em todos os setores, para que a vontade da maioria da população seja, de fato, respeitada.
Veja abaixo os três principais motivos para aderir à greve geral:
Terceirização: O presidente Michel Temer (PMDB) e a Câmara dos Deputados aprovaram, em março, a terceirização geral e irrestrita e contratações temporárias para o setor privado e público. Como consequência, haverá maior precarização das relações de trabalho e achatamento dos salários
Reforma trabalhista: Com o argumento de “modernizar” as leis trabalhistas, a Reforma Trabalhista está no bojo das medidas de desmonte dos direitos e garantias conquistadas pelos trabalhadores. 
Reforma da previdência: Conseguir se aposentar passará a ser um privilégio caso a reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal seja aprovada no Congresso. A idade mínima para se aposentar pode passar a ser de 62 anos para mulheres (com aumento progressivo a cada ano) e de 65 anos para homens. Ambos terão de contribuir para o INSS ou para os regimes estatais por pelo menos 25 anos.

26 de abril de 2017

Químicos fazem mobilização nacional pró-paralisação no dia 28 de abril

As entidades da categoria química, representadas pela Confederação (CNTQ), atuam pró-paralisação dia 28. Segundo o presidente Antonio Silvan Oliveira, a primeira fase foi levar informação ao trabalhador. “A principal mensagem às bases é denunciar os impactos das reformas do governo”, diz.

Com foco nas empresas mais estratégicas, a Confederação vem mobilizando em todo o País. “Há Estados em que esse trabalho está bem forte, porque, além da nossa iniciativa, estamos juntos com as Centrais e as Intersindicais da região”, conta Silvan.


Antonio Silvan, da CNTQ

Para o sindicalista, a política de Temer agrava a recessão e o desemprego. Ele comenta: “Na verdade, a política neoliberal do governo é ruim para o próprio setor produtivo. A recessão prejudica quem produz, porque a empresa não terá a quem vender suas mercadorias”.

Ampliar - Além das categorias de trabalhadores, o presidente da Confederação dos Químicos (Força Sindical) defende que o sindicalismo agregue setores da população. “Estamos tratando com os movimentos sociais e entidades da sociedade. Quanto mais gente no movimento mais chances de derrotar as reformas”.

Serginho - Sergio Luiz Leite (Serginho), presidente da Federação dos Químicos (Fequimfar), conta que a mobilização está forte na base. “Pena não termos pernas pra cobrir todo o Estado, porque a vontade do trabalhador é parar”, diz.

25 de abril de 2017

Centrais apostam em greve 'contundente' na sexta contra reformas

As centrais sindicais apostam em uma paralisação "contundente" na próxima sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista e da Previdência, a terceirização e "por nenhum direito a menos". As entidades avaliam também que o governo Temer enfrenta dificuldades para levar sua agenda adiante, enfraquecido e com baixa popularidade. Em reunião realizada na tarde de hoje (24), na sede da Força Sindical, em São Paulo, dirigentes das centrais falaram, inclusive, na possibilidade de nova manifestação nacional, na sequência da tramitação das reformas. 

"Queremos mostrar nossa indignação com o desmonte que esse governo está fazendo", afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah. Segundo ele, categorias como motoristas de ônibus urbanos, caminhoneiros, motoboys e trabalhadores na limpeza urbana – de sindicatos filiados à central – vão aderir à greve na sexta-feira, o que deve garantir ainda força ao movimento, inclusive em relação aos protestos realizados em março "Vai ser com certeza muito mais amplo." 

Para Patah, as centrais tiveram certo "afastamento" após o período de impeachment, por diferença de posições em relação ao processo, mas se rearticularam e estão unidas contra o "momento caótico" que o país vive. "Essas questões já estão superadas", afirmou o dirigente, para quem o governo comete um "crime de lesa-pátria contra os direitos dos trabalhadores".

O secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, avalia que a greve geral de sexta-feira poderá "criar outro patamar" em relação à possibilidade de barrar as reformas. "O governo está absolutamente intransigente, mas acredito que isso (paralisação) vai criar impacto. A avaliação que foi feita (na reunião) é que a reforma trabalhista é devastadora, refunda todos os parâmetros do Direito do Trabalho que vem sendo construídos desde o século 19. É uma reforma a favor da empresa e contra o trabalhador. Enfraquece a Justiça de uma forma brutal. Devemos dar uma resposta muito contundente."

Para o sindicalista, o governo se aproveita de uma situação econômica de crise e de um momento de retrocesso político "para impor essa agenda tão sonhada pelos empresários há tantos anos". A proposta tem "ideologia privatista", acrescenta.

Hoje, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o substitutivo ao Projeto de Lei 6.787, de reforma trabalhista, deverá ser votado no plenário até quinta-feira. Se aprovado, seguirá para o Senado.

Trabalhadores em montadoras cujos sindicatos são ligados às centrais CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical fazem nesta terça (25) um dia nacional de mobilização. O protesto é contra o projeto de reforma trabalhista e a lei de terceirização, sancionada em março por Michel Temer. No ABC paulista, haverá assembleias pela manhã. O movimento deve atingir o interior do estado e unidades em Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.

"Ela (reforma) muda os paradigmas da negociação coletiva, incentiva o trabalho temporário e a ‘pejotização’, desvaloriza os salários", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.



24 de abril de 2017

Reforma prevê novos tipos de jornada de trabalho; saiba quais são eles!

O brasileiro poderá ter novos tipos de jornadas de trabalho regulamentados, caso a reforma trabalhista avance no Congresso. O relatório propõe a regulamentação da jornada intermitente, do teletrabalho (home office) e mudanças no regime de tempo parcial. O relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) afirma que a CLT precisa disciplinar as novas modalidades de contratação, “decorrentes das inovações tecnológicas e as suas consequências”.

A maior novidade do relatório parece ser a jornada intermitente, em que o empregado recebe por hora. A justificativa para a inclusão dessa modalidade é de que ela já ocorre no mercado informal e é prática em outras economias, inclusive mais desenvolvidas que o Brasil.

Como o projeto define a “jornada intermitente”?

O objetivo da reforma é regulamentar a contratação de funcionários sem horários fixos de trabalhos – o que já ocorre em alguns setores, como o de bares e restaurantes. A proposta prevê a prestação de serviço de forma descontínua, com períodos alternados de trabalho e folga.

O trabalho intermitente pode ser um estímulo a contratação em períodos de crise, de acordo com Adauto Duarte, conselheiro jurídico do Instituto Via Iuris. “O trabalho intermitente pode ser uma ferramenta para adequar o mercado – tanto para o empregado, que precisa de uma atividade parcial, quanto para o empregador, que não tem certeza da demanda”, justifica.

Por outro lado, o professor de direito do trabalho da UFPR Sandro Lunard Nicoladeli lembra que o risco da atividade profissional é do empregador e que a jornada intermitente acaba por fragilizar ainda mais o funcionário. “O trabalhador é acessado ao acaso. O que vale é a atividade empresarial a qualquer tempo e a qualquer custo e você desorganiza a vida privada desse trabalhador”, argumenta.

O advogado especialista em Relações do Trabalho, Fabiano Zavanella, sócio do Rocha, Calderon e Advogados Associados, pondera que essa figura não existe no ordenamento jurídico brasileiro e divide muitas opiniões. Entre os pontos positivos, ele cita a possibilidade de um estudante adaptar os horários de seus cursos ao trabalho e obter uma renda ou mesmo para atender a sazonalidade de algumas atividades. Por outro lado, o empregado fica à mercê do empregador. “Ele só é chamado quando a empresa tiver interesse e tem um ganho muito menor que o trabalhador regular, podendo receber até mesmo menos que o piso daquela categoria”, pontua.

Reforma trabalhista prevê demissão de “comum acordo” entre empregado e empregador - Legislação deve acompanhar mudanças

Para Zavanella, falta bom senso e razoabilidade no debate, que está muito polarizado e não caminha para um entendimento. “Precisamos de uma atualização da legislação para atender essa nova forma de trabalho e emprego e tirar essa enorme massa da informalidade”, defende. Ao virar as costas para esse tema, o advogado pontua que se perpetuam os riscos para o trabalhador, que seguirá na informalidade, e potencializa prejuízos para empresas, que ficam descobertas em caso de fiscalizações e vulneráveis a ações judiciais, que podem por fim ao negócio. “Não adianta matar a galinha se se quer ter ovos”, lembra.


Mais jornadas - Além do trabalho intermitente, a reforma trabalhista prevê outros tipos de jornada de trabalho.

- Teletrabalho: a proposta prevê esse modelo de contratação, em que o funcionário trabalha em um ambiente distinto da sede da empresa, “com utilização de tecnologias da informação e de comunicação”. O Art 62 foi alterado e um novo capítulo (II-A) criado para normatizar o tipo de relação trabalhista. De acordo com a proposta, a prestação de serviços nesta modalidade deve ser descrita no contrato de trabalho, embora o comparecimento eventual à sede não a descaracterize. As alterações do regime de trabalho podem ser feitas se houver mútuo acordo entre as partes, com aditivo contratual.

- Regime de tempo parcial: o trabalho neste regime é aquele cuja duração não ultrapassa 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas-extras, ou o que não excede 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares por semana. As mudanças estão no Art. 58-A – antes, só eram permitidas as contratações até 25 horas semanais. Além da mudança no tempo do regime parcial, a proposta iguala o gozo de férias dos contratados neste regime aos empregados com prazo determinado e permite a conversão de um terço do período de férias em dinheiro.


O que diz o projeto sobre “jornada intermitente”

Além de definir o tipo de trabalho, há a regulamentação dos direitos dos trabalhadores. Veja:

Art 443: Ele define o que é trabalho intermitente como aquele em que “a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, inclusive as disciplinadas por legislação específica”.

Art 452-A: De acordo com o artigo, o trabalho intermitente deve ter um contrato por escrito, com o valor da hora de trabalho. Ela não pode ser inferior ao valor da hora do salário mínimo ou ao que é pago aos demais funcionários que exercem a mesma função.

Nesse artigo, é determinado que a prestação do serviço deve ser convocada pelo empregador por meio de comunicação eficaz, informando a jornada e com antecedência de três dias corridos. Após a convocação, o empregado tem um dia útil para responder. Ao fim da prestação de serviço, o empregado deve receber as seguintes parcelas: remuneração, férias proporcionais com acréscimo de um terço, décimo terceiro salário proporcional, repouso semanal remunerado e adicionais legais. O empregador também deve recolher o FGTS e contribuição previdenciária proporcionais. A cada doze meses, o empregado ganha o direito de um mês de férias no ano seguinte.

20 de abril de 2017

Sanepar apresenta complemento para proposta do ACT 2017-2018. Confira!

Os sindicatos que representam os trabalhadores da Sanepar estiveram em reunião com a empresa na data de ontem (19) para conhecer o complemento da proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017-2018. Confira abaixo:



Governo atropela e aprova urgência para reforma trabalhista

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (19), o regime de urgência para o substitutivo ao Projeto de Lei 6.787, que mexe com a legislação trabalhista. Era uma nova tentativa de aprovar a urgência, rejeitada na sessão de terça, em uma derrota do governo. Desta vez, foram 287 votos a favor, 30 acima do número necessário e 57 a mais do que na véspera, e 144 contrários, menos que os de terça (163).

A base governista tentava votar de qualquer maneira, enquanto a oposição queria mais tempo. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ignorou recurso contra o requerimento de urgência e esticou o prazo para garantir quórum maior do que o da véspera. A estratégia irritou a oposição. "Desse jeito não tem mais relação política aqui dentro", disse o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE). "O governo não pode agir desse jeito, não pode tratorar", acrescentou.

Para ele, a retirada da urgência era importante para "pacificar" a Casa. O deputado lembrou que, no caso da reforma da Previdência, foi possível chegar a um acordo para votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 em 2 de maio. 

Terça à noite, o plenário rejeitou o requerimento de urgência por insuficiência de votos: foram 230 a favor, quando o mínimo necessário é 257. Outros 163 votaram contra. Aprovada a urgência, não é possível pedir vista ou fazer mais emendas na comissão especial que discute o substitutivo, feito pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

"Essa história de ser ao mesmo tempo presidente da Câmara e líder do governo não é algo que seja razoável", criticou o líder do Psol, Glauber Braga (RJ), referindo-se a Rodrigo Maia. O partido apresentou recurso para que a matéria não seja votada, afirmando ter o mínimo necessário de um terço dos deputados presentes, mas Maia ignorou o pedido e encaminhou a votação do requerimento de urgência. Parte dos parlamentares subiu até a mesa para pressioná-lo, gritando "golpe".

"Manobra vergonhosa", disse Henrique Fontana (PT-RS). "Mais de um terço não quer votar essa matéria. Vossa excelência está ferindo o regimento", acrescentou Maria do Rosário (PT-RS), dirigindo a Maia. "Propus votar no dia 3 de maio, e o PT não quis", afirmou o presidente da Câmara.

'Meirelles quer botar fogo no país'

O líder do PT, Carlos Zarattini (SP), disse que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o principal responsável pelo crescimento do desemprego no país, com uma política econômica "desastrosa". E afirmou que Meirelles "quer botar fogo no país, levando a um confronto social". Ele propôs reunir o Colégio de Líderes da Casa para discutir um acordo. O líder do DEM, Sóstenes Cavalcante (RJ), rebateu, atribuindo o desemprego a um governo "que não teve responsabilidade fiscal". Presidente da comissão especial da reforma trabalhista, Daniel Vilela (PMDB-GO), reafirmou que o substitutivo feito por Marinho não suprime direitos. "Nunca houve um ataque tão grande aos trabalhadores", reagiu Alessandro Molon (Rede-RJ).

"De fato, conversamos, mas aguardamos a vossa palavra (de Maia) até hoje o meio da tarde. Existia uma expectativa, , mas a resposta não veio, e a inflexão esperada pelo senhor relator, muito menos", disse a líder do PCdoB, pedindo ao presidente da Câmara a suspensão do pedido de urgência. Ela também pediu uma reunião dos líderes. "Essa pressa de aprovar (a urgência) é a pressa de quem tem medo das ruas", afirmou Chico Alencar (Psol-RJ). 

O relator lembrou que seu substitutivo foi feito após receber mais de 850 emendas, sendo 400 acolhidas. Para ele, o texto atualiza a legislação e reduz a "judicialização" dos conflitos trabalhistas. "Quase dois terços (do relatório) é um texto novo. Portanto, não dá para aprovar esse texto novo. Existem matérias preocupantes no texto do relator", disse o líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), acrescentando que é preciso mais tempo para compreensão das propostas. Na sessão de ontem, ele votou contra o pedido de urgência.

Líder do PDT, Weverton Rocha (PA) protestou porque, segundo ele, o microfone do partido foi desligado. "Impressionante como temos a capacidade de implodir a nós mesmos", afirmou. Para ele, uma matéria da importância da reforma trabalhista deveria passar pelas comissões permanentes, em vez de uma comissão especial – que também estaria sendo desrespeitada. "Com a aprovação do regime de urgência, ela perde a legitimidade", disse o deputado. "Essa reforma rasga, sim, o direito do trabalhador. Esta Casa tem de ter altivez, tem de ter independência."

Curitiba registra terceira menor inflação em abril, segundo IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,21% em abril e ficou acima da taxa de 0,15% de março em 0,06 ponto percentual (p.p.). Desde 2006, quando o índice ficou em 0,17%, não há registro de índice mais baixo para os meses de abril.

Com isto o resultado no ano foi para 1,22%, bem abaixo do que os 3,32% referentes ao mesmo período do ano anterior.

Em relação aos últimos doze meses, o índice desceu para 4,41%, abaixo dos 4,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde janeiro de 2010 (4,31%). Em abril de 2016, a taxa foi 0,51%. O Paraná teve a terceira menor variação de preços, com 0,06% em abril.

No mês, os grupos Alimentação e Bebidas, com 0,31% de variação e impacto de 0,08 p.p., aliado a Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,91% e 0,10 p.p., que, juntos, somam 0,18 p.p., foram os principais responsáveis pelo resultado do IPCA-15. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados.

Nos alimentos (0,31%), o tomate, 30,79% mais caro, se destaca na liderança no ranking dos maiores impactos no índice. Além dele, outros produtos passaram a custar mais de março para abril, a exemplo da batata-inglesa (11,63%), dos ovos (5,50%) e do leite longa vida (1,49%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,91%), grupo que mostrou a mais elevada variação, os remédios sobressaem com alta de 0,86%, refletindo parte do reajuste anual, que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo do medicamento. Plano de saúde (1,07%), artigos de higiene pessoal (0,92%) e serviços médicos e dentários (0,89%) também exerceram influência sobre o resultado.

No grupo Habitação (0,39%) o botijão de gás ficou 3,16% mais caro, enquanto as contas de energia elétrica (0,00%) não mostraram variação em relação ao mês anterior. Isto porque, apesar do reflexo de parte do desconto referente ao Encargo de Energia de Reserva – EER, as contas de energia refletiram, também, a introdução das bandeiras amarela e vermelha, em vigor a partir de primeiro de março e primeiro de abril, respectivamente. Além disso, junto com movimentos nas parcelas referentes ao PIS/COFINS em todas as regiões pesquisadas, foi apropriada parte de reajuste ocorrido nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro e redução em outra.

Entre os demais grupos destacam-se as quedas registradas nos Artigos de Residência (-0,43%) e Transportes (-0,44%). Em relação ao grupo Transportes (-0,44%), apesar da alta de 15,32% nas passagens aéreas, o resultado foi influenciado pela queda nos preços dos combustíveis (-2,77%), sendo que o litro da gasolina ficou 2,24% mais barato e o litro do etanol atingiu queda de 5,48%.

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de março a 12 de abril de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de fevereiro a 14 de março de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Fonte: Bem Paraná.

Reforma Previdenciária começa a ser votada em 2 de maio

A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16) chegou a um acordo para a apresentação do parecer do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). Com isso, parlamentares contrários à proposta se comprometeram a não obstruir os trabalhos. Ontem, após a leitura, houve pedido de vista coletivo. O debate será iniciado na próxima terça-feira, 25, podendo ser estendido até quinta-feira, 27. A votação na comissão especial deverá ser iniciada no dia 2 de maio.

Maia apresentou uma versão preliminar do relatório, fixando a idade mínima de aposentadoria em 62 anos para as mulheres e em 65 anos para os homens após um período de transição de 20 anos. Ou seja, o aumento seria progressivo, começando em 53 e 55 anos, respectivamente, na data da promulgação da emenda.

O texto mantém em 25 anos o tempo mínimo de contribuição para acesso ao benefício, que será igual a 70% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Após 25 anos de contribuição, cada ano seria contado a mais, possibilitando a obtenção de 100% da média aos 40 anos de contribuição.


Principais pontos alterados na Reforma da Previdência

Policiais 

Conforme o parecer, até que entre em vigor lei complementar que trate do regime de aposentadoria dos militares, os policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais, policiais civis e os agentes penitenciários poderão se aposentar aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição para homem e 25 para mulher e 20 anos de efetivo exercício em cargo de natureza estritamente policial ou de agente penitenciário. A proposta enviada pelo Executivo previa a idade mínima de 60 anos para aposentadoria dos policiais.

Aposentadoria rural

A idade mínima de aposentadoria para trabalhadoras rurais caiu de 60 para 57 anos. Para os homens, será de 60 anos. O tempo de contribuição será de15 anos, e não 20, como apresentado anteriormente. Para os produtores rurais, a contribuição deverá ser feita de forma individual com alíquota calculada sobre o salário mínimo. Atualmente, a contribuição é calculada a partir da produção vendida.

Idade mínima 

No Regime Geral de Previdência, os homens poderão se aposentar ao completar 65 anos e as mulheres, ao chegar aos 62 anos. O projeto original previa idade mínima de 65 anos para homens e mulheres.

Regra de transição

A idade mínima prevista para as mulheres é 53 anos e vai aumentar um ano a cada dois anos até a trabalhadora chegar aos 62 anos. Para os homens, a idade mínima está prevista em 55 anos, com aumento de um ano a cada dois anos, até alcançar 65 anos. O pedágio (período que o trabalhador terá que cumprir para alcançar o tempo de contribuição previsto nas regras atuais) foi reduzido de 50% para 30%.

Tempo de contribuição

Os trabalhadores (homens e mulheres) terão de contribuir por, pelo menos, 25 anos para receber 70% da média dos salários. Na proposta original, o porcentual estipulado era 51%. Para receber 100% da aposentadoria a quem tem direito, o trabalhador terá de contribuir por 40 anos, e não 49 anos como previsto na proposta original.

Pensão

Ficou mantida a possibilidade de acúmulo de pensão e aposentadoria, mas com um teto de dois salários mínimos. 

Benefício de Prestação Continuada

No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o relator manteve a vinculação com o salário mínimo. Porém, a idade mínima subiu para 65 anos até chegar a 68 anos. Na proposta original, a idade sugerida era 70 anos.

Fonte: Bem Paraná.

17 de abril de 2017

Previdência foi 'cortina de fumaça' para reforma trabalhista, diz relator

A reforma da Previdência serviu como "cortina de fumaça" para a reforma trabalhista, segundo avaliação do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do Projeto de Lei 6.787 em comissão especial – seu substitutivo poderá ser votado nesta quarta ou quinta-feira. O texto mexe com 117 dos 922 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que são alterados ou suprimidos, e segundo Marinho busca evitar a "judicialização excessiva" na área trabalhista, no que ele chama de "ativismo judicial".

Em palestra na manhã de hoje (17) na Câmara Americana de Comércio (Amcham), na região sul de São Paulo, o relator disse que a preocupação geral se concentrou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, da Previdência, deixando o debate sobre a questão trabalhista em segundo plano, o que só mudou com a leitura do relatório, na quarta-feira passada (12). "Há uma grande possibilidade de que a tramitação não tenha muitos sobressaltos", avaliou.

Segundo o deputado, uma reunião no Palácio do Planalto, ontem, abriu a possibilidade de aprovar pedido de urgência amanhã para que o relatório seja votado na comissão especial ainda nesta semana, a fim de ser submetido ao plenário da Câmara na semana que vem, para então ser remetido ao Senado. Ele calculou que todo o processo esteja concluído até meados de junho.

A uma plateia formada majoritariamente por executivos e analistas financeiros – com aproximadamente 5 mil sócios, a Amcham Brasil é a maior das câmaras americanas fora dos Estados Unidos e tem um grupo de trabalho específico sobre o tema –, o parlamentar reafirmou que a CLT foi um marco que perdeu atualidade, sem atender a maior parte da atual força de trabalho. Ele definiu seu projeto não como reforma, mas reestruturação.

Para o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o projeto representa não uma reforma, mas um "desmonte" para os trabalhadores e suas entidades de representação, que interessa apenas ao mercado e ao capital. 

"Nós decidimos ousar", afirmou o tucano, citando três possíveis momentos históricos em relação à questão trabalhista: 1943 (surgimento da CLT), 1988 (promulgação da Constituição) e 2017 ("modernização"). Sobre as  manifestações de sindicalistas previstas para amanhã e a greve geral do dia 28, comentou que "fazem parte do processo democrático". E referiu-se às críticas ao texto vindas do Ministério Público do Trabalho e da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, entre outras entidades, como "o mantra de sempre". Para a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), o PL 6.787 "blinda o mais forte" e fragiliza o trabalhador.

Uma das alterações propostas, no artigo 447 da CLT, tira do sindicato, no caso de funcionários com mais de um ano de casa, a responsabilidade pela rescisão contratual. Isso passaria a ser feito no âmbito da empresa, com um advogado escolhido pelo trabalhador – ou o sindicato, se ele fizer essa opção. Ele também cria o que chamou de "quitação anual" de possíveis débitos trabalhistas, que seria um processo facultativo.

Em outro item, se permite que empregador e empregado possam, "de comum acordo", extinguir o contrato de trabalho. "A medida visa a coibir o costumeiro acordo informal, pelo qual é feita a demissão sem justa causa para que o empregado possa receber o seguro-desemprego e o saldo depositado em sua conta no FGTS, com a posterior devolução do valor correspondente à multa do Fundo de Garantia ao empregador." Pela proposta do relator, ao se extinguir o contrato, o trabalhador teria direito a metade do aviso prévio e só poderá movimentar 80% da conta vinculada e não terá direito a receber seguro-desemprego.

Marinho falou também sobre o item relativo à representação de empregados no local de trabalho, contando ter tomado café da manhã com executivos da Fiat e da Chrysler, que manifestaram preocupação sobre o tema. Pelo relatório, seriam três representantes por local de trabalho (considerando-se a base territorial da empresa), com até 200 funcionários, cinco se o número de empregados chegar a 3 mil e o máximo de sete se houver 5 mil trabalhadores. Esses representantes não precisam ser sindicalizados. A ideia da representação, argumentou, é criar "filtros" para evitar recursos ao Judiciário.

Em relação à prevalência do negociado sobre o legislado, o relator afirmou que listou 16 itens que podem ser objetos de acordo (o PL original falava em 13) e 29 que não podem. Segundo ele, isso serve "para que não haja duplicidade de interpretação do julgador". 

Questionado sobre a Lei 13.429, de terceirização ampla, sancionado em 31 de março pelo presidente Michel Temer, o deputado avalia que o texto "já resolve o problema", no sentido de não deixar dúvida sobre a possibilidade de terceirizar atividades-fim das empresas. Mas ele acredita que, mesmo assim, a lei será questionada juridicamente. Por isso, acrescentou em seu substitutivo um item para "clarificar" o assunto. Para o parlamentar, a nova lei traz o país do século 19 para o atual.

O substitutivo também torna opcional a contribuição sindical, tanto de trabalhadores como de empregadores. O deputado diz que há excesso de sindicatos no país, repetindo várias vezes o número 17.081. Dirigentes afirmam que a medida enfraquece as entidades no momento em que se exigirá maior presença como negociadoras.

Marinho acredita que a Operação Lava Jato não será motivo de dificuldade para a tramitação da matéria. "O Judiciário está funcionando, o Ministério Público está funcionando, a Polícia Federal está funcionando, o Parlamento tem de funcionar."

Governo quer manter prevalência de acordos coletivos na reforma trabalhista

O governo não pretende abrir mão do ponto da reforma trabalhista, encaminhada ao Congresso Nacional, que garante que as negociações firmadas em acordos coletivos entre trabalhadores e empregadores devem ter força de lei. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o objetivo é dar segurança jurídica aos contratos e evitar futuros processos judiciais.

“Nós pretendemos que aquilo que a convenção coletiva delibere nos termos da lei tenha força de lei. Para que o bom empregador não fique com medo de contratar, e que o acordo coletivo realizado com a participação do sindicato seja respeitado”, explicou o ministro hoje (11).

Segundo ele, o governo quer preservar ao máximo o texto da reforma trabalhista que foi encaminhado ao Congresso Nacional. “Principalmente aquelas colunas fundamentais que motivaram o governo a apresentar a reforma, depois de um diálogo amplo com movimento sindical dos trabalhadores e com instituições de empregadores, para proporcionar a modernização trabalhista”, diz.

No Congresso Nacional, a proposta recebeu 844 emendas nos 13 pontos abordados pela reforma e o texto final deve ser apresentado amanhã (12) pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). “A nossa preocupação é de que alguma dessas emendas não desconfigure a proposta original encaminhada pelo governo”, diz o ministro.

Nogueira disse também que já há um acordo com o relator da proposta para que a nova legislação estabeleça proteções aos trabalhadores terceirizados. “O Ministério do Trabalho vai combater qualquer burla à legislação no sentido de substituição de trabalhadores celetistas por pessoas jurídicas”, garantiu Nogueira.

Modernização

Segundo o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra, há muitos pontos defasados na legislação atual. “No meu modo de ver, [a reforma trabalhista] não é retirar direitos, é colocar aquilo que faltava na legislação e que a Justiça do Trabalho acabava tendo que suprir aquilo que era próprio do poder Legislativo”, disse o ministro.

Para ele, também é importante haver leis específicas para tratar sobre a terceirização do trabalho no país. “Cada vez que nós vemos questões de terceirização sendo discutidas em cima de uma única sumula do TST, é importante que tenha um marco regulatório mais amplo. E podemos ainda aperfeiçoar esse marco”, disse.

Acidentes de trabalho

O ministro Ronaldo Nogueira e o presidente do TST participaram hoje do lançamento da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que faz parte do movimento Abril Verde, para dar visibilidade ao tema da segurança e saúde no trabalho. Um dos destaques da campanha neste ano é o setor de Transportes Terrestres, que ocupa o primeiro lugar em quantidade de óbitos e o segundo lugar em incapacitações permanentes.

Nos últimos cinco anos foi registrada uma média de 710 mil acidentes de trabalho por ano. Destes, 2,8 mil resultaram em morte e 15 mil em sequelas permanentes. As despesas anuais da Previdência Social com acidentes de trabalho são de cerca de R$ 11 bilhões.

“A campanha tem o objetivo de despertar uma consciência educativa para promover um novo comportamento, tanto do empregador como do próprio trabalhador e a sociedade como um todo, para reduzir esses números”, disse o ministro Ronaldo Nogueira.

Senado aprova criação de documento único de identidade

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 11/04, o projeto de lei que cria o Documento de Identificação Nacional, que reunirá dados biométricos e civis, como Registro Geral, Carteira Nacional de Habilitação, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e título de eleitor em um único documento.

De acordo com o projeto, a Identificação Nacional dispensará a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou nele mencionados e será emitida pela Justiça Eleitoral, ou por delegação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a outros órgãos para aproveitar o cadastro biométrico nacional realizado para as eleições.

O documento será impresso pela Casa da Moeda e usará como base de identificação o CPF.
Conforme o texto, o documento único será emitido com base na Identificação Civil Nacional, criada pelo projeto com o objetivo de juntar informações sobre o cidadão.

A nova base de dados será gerida pelo TSE, que garantirá o acesso à União, aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e ao Poder Legislativo.

O relator do projeto, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) acatou apenas uma emenda de redação e, por isso, o texto não precisará retornar para revisão da Câmara dos Deputados. Com isso, a matéria segue para sanção do presidente Michel Temer.

12 de abril de 2017

Oposição a Beto Richa quer investigação de favorecimento a acionistas da Sanepar

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu no início deste mês um processo administrativo para apurar movimentações suspeitas envolvendo ações negociadas no Ibovespa da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná, estatal que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico no estado). Aberta sob o código 19957.003181/2017-10 (SP2017/166), a investigação da CVM foi desencadeada por uma denúncia formal apresentada no fim de março pela liderança da oposição ao governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa paranaense. A suspeita contida na denúncia é de que tenha ocorrido inside trading, quando um ou mais atores do mercado utilizam-se de informações privilegiadas para obter ganhos negados a outros acionistas, que só saberiam de atos ou decisões relevantes referentes ao futuro da empresa quando estes fossem tornados públicos. Com a investigação, caso se confirmem as suspeitas, a CVM terá condições de eventualmente identificar e punir pessoas envolvidas.

A decisão de apresentar a denúncia foi tomada no início de março, depois de a Agepar, agência reguladora das tarifas públicas no Paraná, ter autorizado um reajuste tarifário de quase 26% nos serviços de água e esgoto. O reajuste seria diluído no decorrer dos próximos oito anos, mas a cada ano seria também reposta a inflação do período. O peso do reajuste, claro, recairia sobre os usuários dos serviços da Sanepar.

E mesmo assim foi considerado insuficiente pelos seus acionistas, que queriam os reajustes diluídos no decorrer dos próximos quatro anos, temendo a possibilidade de que o governo de Beto Richa, que se encerrará em 2018, evite reajustes elevados neste e no próximo ano na tentativa de emplacar um sucessor no Palácio Iguaçu.

“Com essa política de reajustes, a Sanepar hoje faz a recomposição de seu ganho de capital em cima dos usuários“, critica o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), líder da oposição a Richa e proponente da denúncia à CVM. “A Sanepar quer tirar o couro do usuário para beneficiar os acionistas privados“, resume.

A autuação da Sanepar ocorreu em 4 de abril, minutos depois do fechamento do Ibovespa naquela tarde, e figura como o mais recente capítulo de um aparente fim da lua-de-mel entre a companhia estatal de água e saneamento básico e o mercado financeiro.

Considerada um dos principais expoentes de um setor sobre o qual os privatistas de plantão passaram a avançar sem cerimônias desde a deposição da presidente Dilma Rousseff, a Sanepar transformou-se em uma espécie de “queridinha“ nas roletas da bolsa entre o fim de 2016 e as primeiras semanas de 2017.

Em dezembro do ano passado, uma oferta pública de ações da Sanepar realizada depois de a empresa ter aderido ao chamado “Nível 2 de Governança Corporativa“ movimentou quase R$ 2 bilhões e permitiu à empresa levantar R$ 258 milhões. Os papéis da estatal do Paraná tiveram alta de quase 50% nas semanas seguintes, atraindo a atenção de grandes investidores. Mas no início de março, os papéis da Sanepar entraram em queda livre, na esteira de um freio posto pela agência reguladora local ao ritmo de reajuste pretendido pela empresa. Agora, a suspeita de inside trading denunciada à CVM tem o potencial de complicar ainda mais a situação da Sanepar.

A denúncia baseia-se em um levantamento realizado pela assessoria técnica da oposição legislativa paranaense e que indica uma estranha incidência de picos de volume de negócios com ações da Sanepar antes da comunicação de fatos relevantes ao mercado pela companhia ao longo dos últimos dois anos.

De acordo com o documento, a história tem início em julho de 2015. No terceiro dia daquele mês, a Sanepar publicou edital de licitação para contratar a empresa que faria a reavaliação dos ativos da estatal. A reavaliação era uma sugestão da gerência de regulação da empresa, criada em 2014 com a missão de desenvolver uma nova metodologia de revisão de tarifas a ser apresentada ao órgão regulador.

Em 3 de julho de 2015, data da publicação do edital, os papéis da Sanepar subiram 13,7%. Um dia antes da publicação do edital – antes, portanto, de a informação ter vindo a público – as ações da companhia tiveram um pico de movimentação 462,2% acima da média das dez sessões anteriores. Outro pico no volume de papéis negociados ocorreria em 6 de julho, primeiro dia de negócios no Ibovespa depois da publicação do edital.

O resultado da reavaliação seria conhecido, por meio de fato relevante, somente no fim de novembro de 2016. Se em 2015 o balanço da Sanepar fechou com ativos da ordem R$ 8,2 bilhões, com a mudança da metodologia os ativos passaram a casa dos R$ 12,7 bi em 2016. Essa reavaliação serviria de base para o pedido de aumento de 26% feito pela Sanepar à Agepar. E isto depois de a tarifa ter subido 107,04% de 2011 a 2016 diante de uma inflação de 48,89% no período e de a companhia ter auferido lucro líquido de R$ 626 milhões no ano passado.

Mais três oscilações discrepantes com a média no volume negociado ocorreriam nos meses seguintes, de acordo com o estudo que embasa a denúncia, todas elas às vésperas de acontecimentos importantes para os rumos da Sanepar, e antes que tais informações viessem a público.

Pouco mais de dois meses depois do edital, em 15 de setembro de 2015, o Conselho de Administração (Cad) da Sanepar convoca uma “análise e deliberação sobre alteração de competências no estatuto social da Sanepar a fim de encaminhamento para Assembleia de Acionistas“. Tratava-se da decisão de apresentar à Assembleia Geral a proposta de migração para o Nível 2 de Governança Corporativa, o que viria a ocorrer somente mais de oito meses depois, em 24 de maio de 2016 .

A adesão ao Nível 2 de Governança Corporativa elevaria o patamar de transparência da empresa e teria impacto potencialmente positivo aos olhos dos investidores. Já em 16 de setembro de 2015, porém, mesmo com a menção genérica presente na ata – e mais uma vez antes que a decisão tivesse sido informada ao mercado –, o volume de negócios com papéis da Sanepar registrou pico de 209,5% superior à média dos dez pregões anteriores.

Quase um ano depois deste segundo evento, na tarde de 16 de agosto de 2016, o Cad da Sanepar aprovaria a estruturação da oferta pública que ocorreria em dezembro daquele ano. Antes que tivesse sido divulgada a ata da reunião, o volume de ações negociadas salta de 289.400 no dia 15 para 1.556.300 no dia 16. Na comparação com as dez sessões anteriores à de 16 de agosto, o volume de transações saltou 847,8%.

O volume de negócios com papéis da Sanepar seguiria elevado até o fim de agosto, antes de voltar ao nível médio anterior. Em 28 de setembro, em resposta a um pedido de esclarecimento expedido pela Superintendência de Acompanhamento de Empresas da BMF&Bovespa, depois de o jornal Valor Econômico ter noticiado a estruturação do oferta pública, a Sanepar admite ter comunicado a CVM somente às 8h51 de 18 de agosto.

A aprovação definitiva da oferta de ações que transformou a Sanepar em estrela em ascensão no mercado de ações ocorreu em reunião extraordinária iniciada em 17 de outubro e, segundo a ata, encerrada somente ao meio-dia de 18 de outubro. Já no dia 17, entretanto, os papéis da companhia valorizaram-se 5,13% em meio a um salto de 700% no volume negociado. O fato relevante referente à oferta pública de ações viria a ser publicado apenas no dia seguinte, mantendo elevado o volume de transações.

Nas semanas seguintes, em meio ao roadshow que precedeu a oferta pública de dezembro, um dos principais argumentos dos executivos da Sanepar aos participantes do mercado era a disposição do governo paranaense em manter os reajustes tarifários ao consumidor razoavelmente acima dos índices de inflação, supostamente alheios à repercussão dos aumentos entre os eleitores. Em 2015, uma sequência de três reajustes tarifários da Sanepar em menos de seis meses superou a marca de 20%. No ano passado, as tarifas de água e esgoto subiram mais de 10% no Paraná.

Durante o roadshow, a Sanepar deu a entender que o reajuste no próximo ciclo tarifário totalizaria quase 26%. Nas semanas que se seguiram à oferta pública, os papéis da Sanepar, que em janeiro de 2016 amargavam a mínima de R$ 2,59 por ação, apreciaram-se consideravelmente e chegaram ao início de março de 2017 cotados a mais de R$ 14 por ação.

No início de março, porém, a Agepar, agência reguladora dos serviços públicos no Paraná colocou um freio às pretensões tarifárias da Sanepar. Em 7 de março, a Agepar concluiu sua nota técnica a respeito do reajuste, autorizando a Sanepar a reajustar suas tarifas ao consumidor em 25,63%. Mas o repasse teria de ser diluído em oito anos.

A informação alcançou o mercado via fato relevante apenas no dia 9, mas foi antecedida no pregão do dia 8 por um pico 340,9% superior à média do volume de papéis da Sanepar negociados no Ibovespa nas dez sessões anteriores. Nas 24 horas que se seguiram à divulgação do fato relevante, a Sanepar perdeu R$ 1,1 bilhão em valor de mercado, em meio a uma queda de 17,71%.

Diante dos resultados do levantamento da assessoria técnica, Tadeu Veneri decidiu apresentar uma denúncia formal à CVM. “Solicitamos que a CVM investigue se houve uso indevido de informação privilegiada nas operações de compra e venda de ações no dia 8 de março, que antecedeu o comunicado ao mercado a respeito do parcelamento da revisão tarifária da Sanepar“, declarou.

Apresentada em março, a denúncia converteu-se em processo administrativo no início de abril e ainda não foi encaminhada para nenhuma superintendência da CVM. Caso as suspeitas se confirmem, o passo seguinte segundo os trâmites da comissão será a abertura de um processo administrativo sancionador, com força de punição.

Procurada pela reportagem, a CVM informou que a duração do processo varia de acordo com suas especificidades e esclareceu que qualquer cidadão interessado pode pedir vistas do processo pelo site da comissão. A reportagem também entrou em contato com a Sanepar, mas até o fim da tarde de ontem (10), a assessoria de imprensa da empresa informou não ter conhecimento nem do processo nem da denúncia.



Setor farmacêutico garante reajuste e manutenção de acordo coletivo

Os sindicatos do setor químico e farmacêutico ligados à Fetquim, federação estadual da categoria em São Paulo (CUT), assinaram com as entidades patronais nesta terça-feira (11) a convenção coletiva da categoria, que prevê reajuste de 5%, inclusive sobre o piso salarial, participação nos lucros ou resultados (PLR) e aumento de 20% na cesta básica ou vale-alimentação para quem recebe o piso.

Segundo a entidade, uma novidade é a "ultratividade" do acordo: os itens valerão até a renovação da convenção, que atinge perto de 43 mil trabalhadores. O Dieese calcula o impacto do reajuste em R$ 196,5 milhões nos 12 próximos meses.

De acordo com a Fetquim, o reajuste de 5% para salários nominais de até R$ 8.300 inclui ganho de 0,41 ponto percentual – até março, o INPC em 12 meses, calculado pelo IBGE, está acumulado em 4,57%. Para quem recebe acima daquele valor, o acordo prevê aumento com valor fixo de R$ 415 (5% do teto, que foi corrigido em 6,95%).

A Fetquim, lembra que a inflação perdeu força nos últimos meses, caindo em aproximadamente cinco pontos percentuais em relação a igual período do ano anterior. "É importante destacar que a expressiva queda na taxa da inflação está intimamente ligada ao quadro recessivo da economia brasileira, ou seja, a alta taxa de desemprego, a queda nos salários, a contração dos investimentos públicos e privados, o endividamento das famílias e das empresas e a baixa expectativa dos agentes em relação ao futuro impulsionam para baixo o nível geral de preços", lembra a entidade.

Diante desse cenário, a federação considera "um saldo bastante positivo" o fechamento do acordo com aumento real (acima da inflação). Nas 10 últimas negociações, esse ganho supera 9%, diz a Fetquim.

O piso para empresas com até 100 funcionários foi fixado em R$ 1.477. Nas empresas a partir de 101 empregados, o valor será de R$ 1.629. Com aumento de 6,95% (1,86 ponto acima da inflação), a PLR corresponderá, no primeiro caso, a R$ 1.577. Nas demais empresas, será de R$ 2.188.

"Importante salientar que o debate de ideias sempre marcou as negociações coletivas no setor farmacêutico e este ano não foi diferente com a proposta de criação de dois novos grupos de trabalho, sendo um deles que vai discutir a cláusula denominada complementação do auxílio doença, acidente de trabalho, doença profissional, quanto à ocorrência de divergência entre a alta pela perícia do INSS e a avaliação sobre o retorno ao trabalho pelo médico da empresa, e o outro que vai tratar da campanha de esclarecimento acerca da aplicação da cláusula denominada auxílio por filho excepcional", acrescenta a Fetquim.

Reforma trabalhista embute cem mudanças na CLT

O relatório sobre a reforma trabalhista, do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que deve ser apresentado na quarta-feira, 12, mexerá em 100 pontos da septuagenária Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

"É uma modernização da legislação trabalhista que estamos fazendo", afirmou o deputado. O projeto dá força de lei aos acordos coletivos negociados entre empresas e trabalhadores em vários pontos. Entre eles, permite que sindicatos e empresas negociem jornadas de até 12 horas diárias, desde que respeitado o limite de até 48 horas por semana (contabilizando horas extras).

O projeto propõe ainda que patrões e empregados negociem o trabalho remoto (fora do ambiente da empresa), remuneração por produtividade e registro de ponto.

O relator afirmou também que vai manter no relatório a regulamentação do trabalho intermitente - que permite jornadas inferiores a 44 horas semanais - e o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical.

Marinho disse que o relatório também vai contemplar ao menos duas salvaguardas ao trabalho terceirizado que não constavam do projeto aprovado pela Câmara e sancionado pelo presidente Michel Temer.

Uma das proteções que serão colocadas é restringir que empresas demitam seus funcionários e os recontratem na sequência como terceirizados.

A proibição valerá por 18 meses. "Isso afasta qualquer acusação de que a terceirização poderia servir para uma mera troca de modelos de contratação", diz Marinho.

A outra salvaguarda deve garantir aos terceirizados os mesmos serviços de alimentação, transporte, segurança e atendimento médico dos contratados diretamente.

Em seu parecer, Marinho pretende incluir uma série de mudanças na CLT relacionadas aos direitos das mulheres.

Uma delas é permitir que grávidas e lactantes possam trabalhar em locais insalubres, desde que apresentem um atestado médico.

Hoje, isso é proibido hoje pela legislação trabalhista. "Se não fizermos isso, não vai ter mais mulher trabalhando nos hospitais", exemplificou.

Marinho também vai propor a exclusão do artigo da CLT que diz que mulheres não podem entrar com ações trabalhistas sem autorização do marido e o que proíbe mulheres acima de 50 anos de parcelar as férias.

CRÍTICAS

Para a oposição, as mudanças que serão propostas por Marinho poderão prejudicar o trabalhador.

"Mexer em 100 pontos da CLT é simplesmente propor a revogação da CLT. Isso é inaceitável em uma conjuntura como essa, em um momento de forte desemprego, quando o trabalhador está em fragilidade maior", criticou o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Mudanças que precisam passar pelo Congresso

Acordo coletivo com força de lei

Regra poderá ser aplicada em 12 casos específicos:

1. Parcelamento do gozo das férias anuais em até três vezes, com pagamento proporcional, desde que um dos períodos corresponda a pelo menos duas semanas de trabalho ininterruptas.
2. Jornadas de trabalho diferentes de 8 horas por dia, desde que respeite limites de 12 horas em um dia, 44 horas por semana (ou 48 horas, com horas extras) e 220 horas mensais.
3. Parcelar o pagamento da PLR.
4. Regulamentar as horas extras nos casos em que o empregado se desloca usando transporte da empresa.
5. Intervalo de almoço, respeitando mínimo de 30 minutos.
6. Ingresso no PSE.
7. Dispor da ultratividade.
8. Horas que excederem a jornada normal poderão ser convertidas em banco de horas com acréscimo de no mínimo 50%.
9. Trabalho remoto.
10. Remuneração por produtividade.
11. Registro da jornada de trabalho.
12. Plano de cargos e salários.

Contrato temporário de trabalho

A proposta estabelece um período de 120 dias, prorrogável uma vez por igual prazo. Se esse máximo for excedido, o contrato passa a ser por tempo indeterminado. Hoje, são permitidos contratos por 90 dias.

Contrato de jornada parcial de trabalho

O texto substitui a modalidade atual de até 25 horas semanais sem hora extra por outras duas opções. Uma delas é a de contrato de até 30 horas semanais, sem horas extras.

Outra é fixar até 26 horas semanais, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50% sobre a hora normal. A medida ainda vai estabelecer férias de 30 dias para todos. Hoje, os contratos parciais dão só 18 dias.