3 de setembro de 2015

Coletivo Intersindical discute diversas questões relacionadas às Fundações Sanepar

Nesta quarta-feira (02), o Coletivo Intersindical da Sanepar esteve reunido com a empresa para discutir diversas reivindicações que haviam sido encaminhadas às Fundações e à diretoria da Sanepar. 

Entre elas estava a revogação do pacote de coparticipação dos beneficiários do plano de saúde. Quanto a isso, houve o compromisso de realizar uma rede alternativa de atendimento, ou seja, uma rede referenciada nas localidades de maior concentração de usuários, mantendo as mesmas condições anteriores, inclusive revendo o internamento. Esta proposta atenderá, em média, 80% dos usuários do SaneSaúde.


Outra questão debatida foi a isonomia para aqueles que foram contratados depois de março de 2002. Como sempre, a empresa justificou que isso acarretaria um alto impacto financeiro e não haveria a possibilidade de um subsídio por parte deles. Devido às informações desencontradas das Fundações e da Sanepar em relação aos valores do impacto, ficou acordado que a Fundação fará apresentação oficial do montante necessário, levando em conta propostas apresentadas anteriormente pelos sindicatos.

As cópias das atas das reuniões das Fundações, que já havíamos solicitado meses atrás, também entraram em pauta. Mas os diretores continuam insistindo em não divulgar as atas. No entanto, nossa reivindicação teve um efeito positivo e agora eles já apresentam no site da Fundação um resumo das decisões do Conselho Fiscal em relatório e se comprometeram a ampliar as informações e disponibilizá-las para os sindicatos. 

Também havíamos sugerido a realização de uma auditoria externa em reuniões passadas, e sobre isso eles justificam que já existem três auditorias nas Fundações: Ministério Público, auditoria independente e ANS. Ficou acordado que a partir do próximo balanço, a mesma apresentação que a auditoria independente fizer para os Conselhos, fará também para os sindicatos, que poderão estar acompanhados por profissionais especializados.


Outro ponto discutido foi a eleição de diretor nas Fundações pelos trabalhadores. Nesta questão, houve um compromisso por parte do diretor-administrativo Francisco Farah de incluir na pauta da reunião do CAD para apreciar o assunto, uma vez que isto nunca foi debatido. Desta forma, será fundamental a atuação do representante dos trabalhadores Edson Roberto Michaloski em defesa desta reivindicação.

Também questionamos o desconto do dia parado, advindo de uma mobilização feita pelos trabalhadores. A empresa se manteve irredutível neste quesito e os sindicatos foram forçados, então, a solicitar o parcelamento do desconto, com garantia de que nenhum trabalhador que participou da paralisação sofrerá retaliações. O diretor Farah se comprometeu a discutir e decidir esta situação junto à Comissão de Relações Sindicais, e garantiu que não haverá qualquer forma de retaliação.

Por fim, o assunto foi o fundo da Fusan, este fundo até então pouco informado. Apresentaram que em 2009 tinha-se uma perspectiva positiva de mercado e conforme cálculo atuarial baseado nesta tese, foi feito aporte ao fundo da Fusan. 

A Previc não concordou com este procedimento e notificou a Fusan, que por sua vez recorreu. Mesmo sem decisão final do processo, a Fusan já prevê perda deste recurso judicial e calcula um prejuízo de 5% dos saldos. O valor correspondente sairá dos beneficiários e ficará no montante geral da Fusan. Neste ponto, os sindicatos percebem uma negligência no processo, pois houve sequência de anos positivos de mercado e o cálculo poderia ter sido reformulado, mas isto não aconteceu. Quanto aos investimentos da Fusan, temos informações de que eles estão aplicados em ações, em imóveis locados nas cidades de Curitiba e Cascavel, onde parecem estar bem aplicados, porém em 2013 houve uma redução de 1,3% nos saldos.








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