Você saberia dizer o que é a moral? De modo geral, moral é o conjunto de regras que regem um indivíduo, um grupo e /ou uma sociedade. A gestão pública também possui a sua moral caracterizada por sua permissividade e seu narcisismo aos que se auto intitulam merecedores de privilégios que são dotados de “boas relações políticas”.
A racionalidade nestas instituições é a de buscar a satisfação de interesses privados e a cultura média da população contribui para a aceitação desse tipo de comportamento.
O conjunto moral instituído pela sociedade confere à riqueza material o mesmo que a qualidade do indivíduo e como critério para medi-lo sendo este também um estatuto moral. Podemos elencar ainda a acumulação de bens, a competência profissional e o poder que o cargo ocupado concede entre outros fatores de sucesso moral.
Ou seja, no ambiente profissional esses atributos morais são perseguidos e sua conquista é vista como méritos. Essa conduta leva os indivíduos a disputarem entre si, pois o serviço público reflete a desigualdade social. E esse comportamento se agrava na medida em que seu funcionamento é sustentado com a finalidade de preservar sua própria racionalidade.
Aqueles que não perderam a capacidade crítica e de autorreflexão mantém-se distantes desse modelo que representa aspectos subjetivos e psicológicos deteriorados pelas contradições da racionalidade nesse tipo de gestão pública.
A percepção associada ao diálogo construtivo é uma saída para esse comportamento, no entanto, só é produtivo quando realizado com aqueles que estão abertos a ela, que são justamente aqueles que se fecharam ao fascismo. Então, como dialogar com aqueles que não estão abertos e com aqueles que perderam a consciência?
É preciso implementar ações voltadas à construção da racionalidade crítica no ambiente profissional público que possa reverberar uma outra lógica moral nos atores deste contexto.
Qual o significado, os objetivos e o papel do trabalho exercido pela / na empresa pública? Há uma consciência efetiva dos reflexos sociais dessas práticas?
Liberdade de discussões que possam alterar condições objetivas no trabalho que aumentam a subjugação a esse conjunto pernicioso de valores; envolvimento dos trabalhadores (as) e da população nos objetivos da empresa pública; reavaliar as técnicas burocráticas que não tenham um fim em si mesmas e apoiar o envolvimento dos profissionais que ocupam os cargos mais altos para o resgate dos fins legítimos da administração pública.
Isso tudo não é garantia para que as coisas melhorem a vida dos demais trabalhadores (as) e da sociedade, porém com certeza são as premissas para um entendimento melhor do que o atual.
Na perspectiva da ética, considerando-a como a análise da moral não podemos deixar de salientar que vivemos em sociedade e toda ordem de valores que se coloca acima do interesse coletivo em prol de um pequeno grupo que se julga “merecedor”, só pode ser tida como algo que lesa a sociedade.
Dentro do grupo profissional cada qual tem seu papel relacionado diretamente a capacidade e competência que difere em muitos aspectos, a começar pelo salário e pelo plano de carreira. No entanto, se uma das partes envolvidas não atuar como se espera toda a sociedade sofre as consequências, por que então, toda ela não merece ser credora desse privilégio?
Elton Evandro Marafigo
Antonio Cavalcante de Souza Junior
Uou!!! Que bela análise.
ResponderExcluirDe discursos vazios de ação, de ação que visão resultados políticos e resultados que somente oprime quem saí as ruas para lutar pela moralidade no exercício público. São vazios de ação e de merecimento da credibilidade de que se espera, e quem pode julgar aquele que acredita que seu silêncio, é mais que um protesto. É acima de tudo um grito de Protesto onde quem fala de moral, subjetivamente falando "quem anda com porcos cheira a ...chiqueiro"
ResponderExcluir