26 de agosto de 2016

Copel pode considerar vender ações da Sanepar

A estatal paranaense Copel pode acompanhar o governo do Estado do Paraná e vender parte de suas ações na estatal de saneamento Sanepar. Mas não há, por ora, qualquer decisão a esse respeito dentro da companhia, disse o diretor financeiro da Copel, Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani. "Se houver perspectiva de valor bastante atrativa para a Copel realizar essa venda, ela pode vir a realizar, mas no cálculo dessa conta está também os dividendos que as ações da Sanepar vem trazendo à Copel em valor bastante expressivo", comentou.


Questionado se a Copel poderia participar do follow-on, oferta subsequente de ações, o executivo afirmou que isso não está na agenda da companhia. "É uma decisão de estado com relação a suas ações, a Copel pode vir a analisar no momento adequado. Hoje, efetivamente, não há nada projetado com relação a isso", disse.


A Copel tem uma participação de 13,6% da Sanepar, que rendeu uma equivalência patrimonial de R$ 48,4 milhões para a companhia no primeiro semestre deste ano.


O Governo do Paraná encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei com a proposta de venda de ações da Sanepar e também da própria Copel, que excedam o bloco de controle das empresas, visando obter recursos para investir em outras áreas da infraestrutura.


Sebastiani lembrou que o assunto está atualmente em discussão na assembleia e evitou comentar sobre a potencial operação com papéis da Copel. "Para a Copel não muda nada, é uma ação do governo do Paraná, acionista controlador. Esse excedente de fato não muda a posição do governo. É isso que tem sido colocado no projeto de lei", disse o executivo, que afirmou ter tido conhecimento do assunto pela imprensa.


Ele disse que a Copel não tem conhecimento da estratégia precisa do Estado, se a venda das ações será feita em lote ou parcelado no tempo.


Alavancagem



A Copel tem como objetivo de longo prazo atuar com uma alavancagem entre 2,5x e 3x, disse o superintendente de Mercado de Capitais, Artur Fischer Pessuti. "Esse é o nível de alavancagem aceitável da Copel", declarou, durante reunião com analistas e investidores, em São Paulo. Ele citou que em alguns momentos a companhia poderia chegar a superar o intervalo, a depender dos novos projetos em desenvolvimento.


A Copel encerrou o primeiro semestre com uma alavancagem - medida pela relação dívida líquida consolidada ajustada dividida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado dos últimos 12 meses - de 2,36x, ante os 2,7x do encerramento de 2015. O covenant da companhia definido com credores é de 3,5x.



0 comentários:

Postar um comentário