Ao considerar a possibilidade de a negociação neste segundo semestre ficar abaixo de patamares dos anos anteriores, o Sindicato dos Químicos da Bahia defende a construção da luta da classe por meio de mobilizações e greves. Eles estão preocupados com os impactos da reforma trabalhista que começará a vigorar em novembro.
Reunidos no sábado (19) para discutir as estratégias para a campanha salarial 2017/2018, representantes dos 10 mil trabalhadores petroquímicos, químicos, plásticos e dos terminais químicos com data base em agosto e novembro, se dedicaram ao estudo dos conteúdos de vários artigos da reforma trabalhista que poderão ser questionados na Justiça por violar a Constituição Federal.
"A reforma dificulta o acesso ao Judiciário e não temos sequer garantia de que as negociações desse segundo semestre tenham como patamar os anos anteriores. A tendência é que seja uma negociação muito difícil. Acredito que a saída para os sindicatos seja não apostar no Judiciário, no debate legislativo e sim o debate político da construção da luta da classe a partir de greves, mobilizações e muita luta, que o que vai garantir a ampliação dos nossos direitos", disse o diretor do Sindiquímica Alfredo Santos.
Os trabalhadores também falaram sobre as propostas discutidas no encontro nacional dos advogados da CUT, que serão encaminhadas ao encontro nacional da central marcado para a próxima semana em São Paulo.
A técnica do Dieese Nádia Vieira mostrou a situação econômica das empresas do setor no país e na Bahia e fez um balanço das negociações salariais das categorias no primeiro semestre na perspectiva da crise financeira brasileira.
Com base nessas informações, o Sindiquímica vai preparar as pautas de reivindicações das diversas categorias que integram o ramo, e que depois de aprovadas pelos trabalhadores em assembleia serão encaminhadas aos empresários no final do mês.
Fonte: Rede Brasil Atual
0 comentários:
Postar um comentário