A reforma do presidente golpista Michel Temer, que completou 3 anos, iria gerar 6 milhões de empregos e modernizar as relações de trabalho, mas o legado é de quase 14 milhões de desempregados
Após o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff da
Presidência da República, Michel Temer (MDB) assumiu o posto para adotar uma
agenda de destruição dos direitos trabalhistas, a desnacionalização da economia
e a entrega do patrimônio nacional. Com a Reforma Trabalhista, que completou 3
anos na quarta-feira (11), Temer prometeu que o país iria criar 6 milhões de
empregos, mas o legado é de crescimento do trabalho precário, desemprego e
informalidade.
A reforma entrou em vigor em 2017 quando o país já registrava
12,6 milhões de desempregados. Segundo o último PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua), divulgados pelo IBGE, o país possui atualmente
13,8 milhões de brasileiros sem emprego.
Os chamados subutilizados, ou seja, os que gostariam de
trabalhar mais, estão estimados em 33,3 milhões de pessoas, um número recorde.
De igual modo, a taxa de informalidade cresceu 38%, o que equivale 31 milhões
de trabalhadores.
Na avaliação do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), constatou-se
nos três anos de reforma “um retumbante fracasso” para o país, especialmente
aos trabalhadores. “Tudo que foi anunciado não se cumpriu. Dizia-se que era
para modernizar as relações de trabalho para gerar empregos e dar segurança
jurídicas, o que temos verificado é que não há segurança jurídica nos contratos
e as ações (trabalhista) continuam”, disse o parlamentar ao Vermelho.
Segundo o parlamentar, há um crescente aumento do desemprego e a
precarização das relações de trabalho que se aprofundam. “Os trabalhadores, que
continuam perdendo direitos, são as principais vítimas assim como a sua
estrutura sindical. Por outro lado, o país viu sua economia afundar, sem
distribuição de renda e o aumento das desigualdades”, disse.
Senadores
“Mentiram para o povo!
Reforma trabalhista completa três anos sem gerar um único emprego. Pelo
contrário, o desemprego é o maior da história”, afirmou o líder do PT no
Senado, Rogério Carvalho (SE).
O senador Paulo Paim (PT) reforçou que o governo enganou a
população, já que a reforma “não gerou um emprego sequer. A informalidade
aumentou. O governo à época vendeu gato por lebre, enganou a sociedade”.
Paim lembrou as consequências da queda dos salários para a
previdência social: “Os trabalhadores perderam direitos e conquistas sociais. A
massa salarial bruta caiu. Com salários mais baixos, o poder de compra dos
trabalhadores diminuiu. O trabalho intermitente é uma vergonha, não garante o
mínimo necessário ao trabalhador, e tende a piorar em razão do fim da política
nacional de valorização do salário mínimo. Além do mais, com menos empregos
formais, a previdência social perdeu arrecadação”, afirma o presidente da
Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.
Fonte: Portal Vermelho
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