16 de julho de 2015

Uma sabatina com os conselheiros das Fundações Sanepar!

O Coletivo Intersindical da Sanepar e a Associação dos Aposentados da Sanepar estiveram reunidos ontem (15) nas Fundações Sanepar para uma nova reunião a respeito do plano de saúde. E ali nós fizemos uma verdadeira sabatina com os conselheiros! Chegamos munidos de perguntas e avisamos que só sairíamos dali com as devidas respostas.

A primeira e mais importante pergunta, que inclusive o “representante dos trabalhadores no CAD” deveria ter feito quando entrevistou a presidente das Fundações, Cláudia Trindade, mas NÃO FEZ é:

Por quanto tempo o plano ainda de sustenta, considerando que ele possui apenas 3 milhões de reserva além do exigido pela ANS e no mês de maio apresentou déficit de 1,2 milhões?

De acordo com os conselheiros, com o reajuste repassado pela Sanepar (9,83%), o SaneSaúde teria uma sustentabilidade até maio de 2016. Porém, não há como afirmar isso, já que eles alegaram que o custo dos procedimentos médicos está aumentando e os trabalhadores também estão usufruindo mais do plano. 


Outro questionamento foi:

Qual é a relação entre a receita dos funcionários não concursados (os famosos comissionados) e as despesas do plano de saúde, considerando que eles não costumam durar mais do que 4 anos na empresa já que entram através de indicação política?

Um dos conselheiros nos disse que, até agora, o plano estava superavitário neste sentido. No entanto, vamos buscar informações mais precisas com o quadro diretivo da Fundação, já que persiste a dúvida da Sanepar.

Também questionamos se o quadro diretivo da empresa tem algum benefício extra no SaneSaúde.

O Conselho não soube responder à essa pergunta, afirmando que não tem conhecimento sobre isso, mas nós bem sabemos que os diretores da companhia não precisam esperar a carência de 90 dia para utilizar o plano em sua totalidade.


Outra pergunta foi:

Os conselheiros têm acesso às despesas do plano de saúde?

Eles confirmaram que sim e que fazem um acompanhamento disto todo mês, reafirmando que os altos custos com o setor médico são responsáveis por "abalar" nosso plano de saúde.

Qual é o patrocínio da Assesa (Associação dos Empregados da Sanepar) para o SaneSaúde?

Aqui os conselheiros se complicaram... Alguns chegaram a dizer que a Assesa nem era patrocinadora do plano. E não devia ser mesmo, porque isso é uma afronta aos contribuintes, considerando que a fonte mantenedora da Assesa é a própria Sanepar.

Por que só agora levantou-se a dúvida com relação à condição financeira do SaneSaúde? Por que não fomos informados antes? Por que as informações que chegavam até nós eram de que o plano estava saudável, quando na realidade estava à beira de um colapso?

Aqui os conselheiros disseram que, como assumiram o mandato apenas no ano passado, também não tinham conhecimento da situação completa, tanto é que eles votaram contra o reajuste do plano de saúde proposto no início do ano. Porém, eles afirmaram que agora têm consciência de que o SaneSaúde precisa de um aporte maior, opinião contrária à da empresa, que alega não saber exatamente o que gerou o excesso de gastos e que, sem este esclarecimento, não faria sentido um reajuste.



Qual foi o real motivo da renúncia coletiva dos diretores da Fundação Sanepar?

Ninguém soube responder a esta pergunta.

De maneira geral, todos os sindicatos se posicionaram firmemente no sentido de que qualquer reajuste que deva ser feito no plano (o que nos pareceu ser a única ‘saída’, de acordo com o discurso dos conselheiros) tem que sair dos bolsos da Sanepar e não dos trabalhadores. Afinal, é obrigação da mantenedora do SaneSaúde garantir a sua sustentabilidade e, como é ela quem tem o poder de decisão na escolha dos diretores das Fundações e não o trabalhador, nada mais justo do que ela arcar com as ‘consequências’ disto.

Os sindicatos exigiram ainda a realização de uma auditoria externa com a participação efetiva do Coletivo Intersindical e esclarecimentos mais transparentes que comprovem a necessidade do reajuste proposto para o plano de saúde ser bem maior do que o reajuste dado aos salários dos trabalhadores. Já é um absurdo o fato de que 63 pessoas do quadro funcional da empresa comprometem mais de 20% dos seus salários com o SaneSaúde!

O que podemos concluir, depois de tantos questionamentos e algumas novas informações é que a coisa não está feia... Ela está horrível!

2 comentários:

  1. Seria justo os cargos em comissão não tivessem o benefício do Sanesaúde e tão pouco de qualquer outro tipo, já que estes, recebem salários incrivelmente maiores que os funcionários CONCURSADOS, que sofrem com os impactos dos reajustes.

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