12 de abril de 2016

Crescem aportes em previdência privada

Aumento foi de 24,3% em janeiro, ante o mesmo mês do ano passado

Os aportes em planos de previdência privada (que incluem os PGBLs e os VGBLs) somaram R$ 6,3 bilhões no primeiro mês do ano, registrando crescimento de 24,3% frente ao mesmo mês do ano anterior, quando foram aplicados R$ 5,1 bilhões. No mês de janeiro, a captação líquida, diferença entre captação e resgates, por sua vez, registrou saldo positivo de R$ 1,7 bilhão. No mesmo mês do ano anterior o saldo foi de R$ 1,5 bilhão. Os dados são da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa 69 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país. 

“Mesmo com a economia em situação difícil, os participantes do sistema continuam fazendo reservas para a aposentadoria, o que mostra que a previdência complementar aberta segue ocupando papel de destaque no investimento de longo prazo dos brasileiros”, diz o presidente da federação, Edson Franco. 

Os dados do balanço da FenaPrevi mostram também que o sistema registrou em janeiro um total de 85.516 pessoas já usufruindo benefícios (aposentadorias, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, por morte e por invalidez) pagos por planos abertos de caráter previdenciário. 

No período, foram contabilizadas 12.271.620 pessoas com planos contratados, sendo que, deste total, 9.241.272 são pessoas com planos individuais (já computados os planos para menores), e 3.030.348 pessoas, com planos empresariais. 

Os planos individuais foram os que mais receberam recursos no primeiro mês do ano. No total, foram investidos R$ 5,5 bilhões, enquanto que no ano anterior foram registrados R$ 4,3 bilhões. Os planos para menores, por sua vez, acumularam R$ 152,5 milhões, alta de 15% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 132,6 milhões). 

Os recursos destinados a planos empresariais também avançaram e somaram R$ 627 milhões em contribuições em janeiro de 2016, representando crescimento de 6,7% em relação aos R$ 588 milhões arrecadados em janeiro do ano passado.

PBGL 
É a modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário completo. O poupador pode deduzir anualmente da base de cálculo do tributo o valor total das contribuições efetuadas a planos de previdência complementar, até o limite de 12% da sua renda bruta. Com isso, pode reduzir o imposto a pagar ou, até mesmo, ter direito à restituição. Para usufruir da dedução, o participante da previdência complementar aberta tem de estar contribuindo para a previdência oficial (INSS), inclusive no caso do titular, com mais de 16 anos, ser dependente de quem faz a declaração. No momento do resgate ou do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre o valor dos rendimentos auferidos, o IR é cobrado sobre o valor total do resgate ou do benefício recebido. 

VGBL 
É a modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado, para quem se encontra na faixa de isenção do IR ou para quem já atingiu o limite de dedução previsto para a previdência complementar (12% da renda bruta). Não é possível deduzir da base de cálculo do IR os valores dos aportes realizados ao plano. No entanto, no momento do resgate ou do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre o valor dos rendimentos auferidos, e não sobre o valor total do resgate ou do benefício recebido, como no PGBL. 

De acordo com o presidente da FenaPrevi, é importante destacar que, para ambas as modalidades de planos não há cobrança do imposto de renda sobre os rendimentos obtidos, a cada seis meses, como ocorre em alguns tipos de aplicações financeiras. Outra característica do PGBL e do VGBL é a possibilidade de o poupador optar pelo regime de alíquotas regressivas do imposto de renda, ou seja, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota do Imposto de Renda incidente.

Fonte: Notícias Band

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