A CUT afirma que a bancada patronal na Organização Internacional do Trabalho (OIT), aliada ao "governo do ilegítimo Michel Temer", impediu a inclusão de 24 casos de violações da Convenção 98 da entidade, que trata do direito de organização e de negociação coletiva. Esses itens seriam incluídos na chamada 'lista curta', a ser analisada pela Comissão de Aplicação das Normas da OIT, que desde terça-feira (6) está realizando, em Genebra, sua 106ª conferência.
"Apesar da extorsão patronal e governamental ter obtido um silêncio momentâneo", a CUT continuará "denunciando em todos os organismos internacionais, especialmente na OIT, para que a imundície de um governo corrupto e de um parlamento contaminado pelo dinheiro sujo de cartéis como a Odebrecht e a JBS seja, enfim, efetivamente democratizado", afirma a entidade, em manifesto distribuído entre os delegados. A central diz ainda que o episódio mostra descaso com direitos sociais e "a visão escravagista e de superexploração da mão de obra brasileira", que estaria sendo "reforçada e materializada pelo governo golpista nas suas propostas das reformas trabalhista e previdenciária".
O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, diz que a entidade irá recorrer e denunciar o caso em todos os fóruns. "O caso brasileiro será retomado em todos os espaços possíveis, inclusive na reunião do Conselho de Administração da OIT, que ocorrerá em novembro", afirma. Ainda segundo a central, a Comissão de Peritos da entidade já se manifestou afirmando que a proposta de reforma trabalhista do governo Temer infringe convenções, ao estabelecer a prevalência do negociado sobre o legislado. O projeto (PLC 38), aprovado na Câmara como PL 6.787, passou na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e agora está na Comissão de Assuntos Sociais.
Fonte: Rede Brasil Atual
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