O 8º Congresso da Força Sindical foi aberto na tarde de ontem (12) em Praia Grande, Litoral de São Paulo, com cerimônia que contou com a presença de dirigentes de várias Centrais, o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, além de outras autoridades.
A abertura lotou o Ginásio de Esportes Falcão, que foi tomado por mais de três mil dirigentes sindicais, de todos os Estados. O Congresso tem como lema “Direitos, Cidadania, Empregos e Aposentadoria digna para todos”.
O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), disse à Agência Sindical que a classe trabalhadora precisa reforçar a luta em defesa dos direitos. “O sindicalismo está sob um cerco muito grande da elite brasileira, que tenta tirar direitos dos trabalhadores através das reformas e da terceirização. É preciso que a gente reaja. As paralisações que fizemos e a Marcha a Brasília foram muito importantes pra gente equilibrar o jogo”, afirma.
Até quarta (14), os delegados debaterão um Projeto de Resolução – documento-guia para as plenárias e grupos de discussão. O texto analisa a situação nacional e internacional e coloca em debate o desenvolvimento do País, a industrialização e, neste contexto, a luta sindical. Aponta, também, as ações a serem desenvolvidas no próximo período (2017 a 2021).
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, criticou declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse que a agenda da Câmara está em sintonia com o mercado. “Quem tem que mandar na Câmara é a classe trabalhadora”, rebateu. “Os deputados foram eleitos para representar o povo brasileiro e não têm o direito de impor regras e reformas que a classe trabalhadora não quer”, enfatizou.
Greve geral - Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, a mobilização contra as reformas está crescendo em todo o País. “Estou entusiasmado com a greve geral e a possibilidade de impor uma grande derrota a esse governo ultraliberal”, diz.
O secretário Estadual de Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro, destacou que a discussão sobre as reformas trabalhista e previdenciária “não poderia acontecer no momento em que a economia está estagnada e temos 14 milhões de desempregados”. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação da categoria, Miguel Torres, acredita que o Congresso da Força vai solidificar a unidade do movimento sindical.
“Viemos de três grandes manifestações, nos últimos três meses, e isso ajudou para que o movimento social conseguisse se reerguer e ganhar musculatura. Temos que aproveitar esse momento, para mostrar a unidade das Centrais nas ruas”, observa.
Plenárias - Pela manhã, ocorreram encontros setoriais dos metalúrgicos, setor de serviços e químicos. À noite, reuniões de servidores públicos, comerciários. Também houve plenárias das secretarias de Saúde e Segurança no Trabalho, Formação Sindical e de Mulheres. O Congresso elegerá a nova direção da Central.
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