Segundo estudos realizados pelo
Coletivo Intersindical, com o apoio do SINDECON e outros sindicatos, temos as
seguintes considerações sobre a proposta do PPR apresentada pela SANEPAR:
1. Propostas vinculadas – PPR 2020/2021 e PPR 2021/2022 podem trazer prejuízos para o trabalhador, uma vez que para o PPR 2021/2022, o valor a ser distribuído aos empregados não é proporcional ao montante a ser distribuído aos acionistas;
2. Na proposta do PPR 2021 – Pagamento 2022, o percentual máximo a ser distribuído passa de 12,5% (25% de 50% do lucro destinado aos acionistas) para 7,65% (redução de 38,8% no máximo possível);
3. Considerando a continuidade do rodízio, bem como a proibição do corte após o decreto estadual, existe uma grande probabilidade de zeramento nos indicadores Evasão de Receitas II e Satisfação do cliente externo, além de dois aumentos de tarifa em um curto intervalo de tempo.
Com estes pontos negativos em relação aos indicadores, o PPR 2021 já tem apenas 7 deles para buscar resultados, sendo que isso traz o percentual pra 6,12%, se todos os outros indicadores ficarem dentro das metas.
Esse percentual representaria um montante inicial de aproximadamente R$ 60 milhões a ser distribuído, bem menor que os 69 milhões de 2020.
E, no próximo ano, quando
questionarmos o valor a ser distribuído, a resposta da empresa será: “Vocês
já aceitaram as condições dos próximos PPRs, sinto muito.”
Lembrando que na primeira proposta, os pesos destes indicadores valiam 16 ou 18. Após intervenção das Entidades Sindicais, com a inclusão de mais 4 indicadores, aumentando de 5 para 9 indicadores no total, estes pesos foram redistribuídos, sendo que seus pesos variam entre 10 e 12 cada.
Ou seja, nessa perspectiva, o PPR de 2021 cai para algo em torno de R$ 8 a R$ 9 mil / individual em 2022.
Além disso, como a distribuição aos empregados não está mais vinculada ao montante a ser distribuído aos Acionistas, pode ocorrer o seguinte fenômeno: O lucro aumenta e o PPR diminui.
A esperteza da empresa é dizer que 7,65% é o máximo possível. Mas considerando que nesse ano de 2020 foram distribuídos 32% dos lucros aos acionistas, ano que vem seriam 60 ou 70 milhões, se chegassemos em um percentual máximo maior de 10% deste montante.
No melhor cenário, mesmo zerando esses 2 indicadores acima, ainda assim dará apenas 8% do montante a ser distribuído aos acionistas, o que seriam 80 e poucos milhões.
Diretoria SIQUIM-PR
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