23 de julho de 2015

Fundação apresenta aos sindicatos a situação do Sanesaúde!

Na manhã desta quinta-feira (23), o Coletivo Sindical da Sanepar esteve reunido com a presidente das Fundações Sanepar, Cláudia Trindade, para conhecer de perto os números do nosso plano de saúde e entender melhor sua real situação. 

De maneira geral, a presidente foi bem didática em suas explicações e, de fato, respondeu a grande parte dos questionamentos que os sindicatos já haviam feito em outras reuniões. Ela começou apresentando diversos números. Entre eles a adesão ao Sanesaúde, que é de 99,12%. Ou seja, apenas pouco mais de 80 trabalhadores não aderiram ao plano de saúde da empresa. Do restante, são 7.496 empregados ativos, 2.433 aposentados e pensionistas e outros 15.528 dependentes. Isso demonstra que, atualmente, o Sanesaúde atende a mais de 25 mil pessoas!


Em seguida, Cláudia reforçou aquele fato que nós já conhecemos: nosso plano de saúde está consumindo mais do que arrecada. E isso, de acordo com ela, se deve a dois fatores principais: o primeiro é que a expectativa de vida aumentou e o segundo é que aumentou também o custo médico em todo país. Traduzindo em números, atualmente o Sanesaúde tem uma reserva de cerca de R$ 7 milhões e a margem de solvência da ANS seria de R$ 4,1 milhões. Com isso, há um superávit de R$ 2,9 milhões.

Porém, não dá para ficarmos tranquilos. Ainda de acordo com os números apresentados por ela, em 2015 o plano de saúde já gastou R$ 41,1 milhões enquanto arrecadou apenas R$ 37,6 milhões. Traduzindo: já acumulamos um déficit de R$ 3,5 milhões.

Outro dado apresentado diz respeito às despesas de alto custo (dentre as quais estão ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia). Em 2014, 64 beneficiários somaram uma despesa de R$ 5,4 milhões. Até agora, em 2015, já foram gastos R$ 4,8 milhões. E ainda faltam 5 meses para o ano acabar...

Somando as despesas gerais com internamentos, exames, consultas, odontologia, ambulatório, terapias e outras, o valor deste ano já chega a R$ 39,9 milhões, contra R$ 70,4 milhões gastos no ano de 2014.


Sobre o questionamento que fizemos em outras ocasiões a respeito do fato da ASSESA ser patrocinadora do Sanesaúde, a presidente esclareceu que ela se encaixava nos critérios dos patrocinadores, entre eles o de “guardar relação com o objeto do estatuto da autogestão”, que seria água. Neste momento, o presidente do Saemac pediu a palavra para criticar, abertamente, este patrocínio, alegando que a ASSESA é uma instituição “chapa branca” e que o dinheiro dela sai da própria Sanepar.

O número de pessoas “autopatrocinadas”, ou seja, aquelas que pagam integralmente para utilizar o plano de saúde é de 150 titulares, sem contar os dependentes. Aqui entram todos que já saíram da empresa, mas optaram por manter a utilização do Sanesaúde.

Por fim, começaram os esclarecimentos a respeito da estrutura do reajuste que será necessário para manter a saúde do nosso plano. Ele se dará de três formas distintas: reajuste na tabela de contribuições, alteração na coparticipação e execução de um Plano de Contingência.


Haverá o reajuste já anunciado anteriormente de 9,83%, equivalente ao que foi reajuste nos salários, que já passa a valer a partir de junho/2015 na tabela. 

Além disso, as coparticipações sofrerão alteração a partir de agosto/2015. As consultas que antes o beneficiário pagava R$ 26,70, equivalente a 30%, agora custarão R$ 35,60, ou seja, 40%. As internações que antes não eram cobradas passarão a custar R$ 100,00, valor que independente do período de duração dela. Os exames de alto custo continuarão sendo cobrados no percentual de 30%, mas o que subiu foi o limite. Antes era de R$ 63,28 e agora subirá para R$ 100,00. 

Os exames de baixo custo que não eram cobrados até então, passarão a ser cobrados em 30%, com limite de R$ 100,00. As terapias extra rol que antes eram cobradas sobre o percentual de 30% subirão para 50% e, por fim, os tratamentos odontológicos subirão de 20% para 30% a coparticipação do beneficiário.

A nova tabela de mensalidades também foi apresentada e vocês podem conferir abaixo:


O que a presidente das Fundações transpareceu foi que há um compromisso em nos fornecer sempre informações atualizadas e que não há nenhum projeto de alteração drástica no Sanesaúde. Os representantes sindicais concordaram com isso, mas pediram ainda para que eles possam participar efetivamente das decisões, inclusive de uma possível alteração estatutária que o plano possa sofrer.

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